Desde que a Covid-19 se alastrou pelo mundo, a Coreia do Sul se tornou um exemplo de gestão eficiente da crise sanitária, aplicando testes rápidos em massa e implementando quarentenas rígidas no começo da epidemia. Consequentemente, à medida que as pessoas retomam a vida pelas ruas, os cinemas também se abrem novamente ao público.
No entanto, as principais redes exibidoras sofrem com o baixo número de espectadores. No atual momento, o faturamento das salas registra o pior índice nacional de todos os tempos. Os motivos são muitos: o medo dos espectadores de ficarem num lugar isolado com outras pessoas, a crise econômica que torna o cinema uma atividade não prioritária, a limitação no número de espectadores permitidos por sessão e sobretudo a baixa oferta de filmes. Por medo do retorno financeiro insuficiente, os grandes estúdios hesitam em lançar seus principais lançamentos, de modo que os cinemas coreanos estão repletos de pequenos filmes independentes e relançamentos.
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O Korean Film Council, equivalente da Ancine no país, tem proposto ingressos com valores reduzidos para conquistar novamente os espectadores. O valor médio de um ingresso na Coreia do Sul corresponde a KRW 10 mil (cerca de R$ 30), porém a instituição tem providenciado subsídios para que esta soma caia para KRW 4 mil (cerca de R$ 12). As promoções devem ocorrer por três semanas, com a previsão de distribuir 1,3 milhão de ingressos de valor reduzido.
Nas grandes redes exibidoras, o desconto é válido para dois ingressos por pessoa por semana, enquanto nas redes independentes, o espectador por adquirir até quatro ingressos reduzidos por pessoa por semana. Atualmente, os cinemas sul-coreanos exibem os relançamentos de Ameaça Profunda (2020), O Rei do Show (2017) e Escape From Pretoria (2020), entre outros.