Nada será como antes da pandemia de COVID-19, ao menos até que se descubra uma vacina. Como ainda não há previsão sobre quando ela estará pronta, o mundo busca se adaptar a este “novo normal” que prega o distanciamento social, higienização constante e uso de máscaras. Inclusive, ou especialmente, as salas de cinema.
Se na Europa e nas Américas quase todas as salas seguem fechadas, em alguns países do Oriente elas já voltaram a funcionar. É o caso da Coreia do Sul, que experimenta um novo conceito onde não há qualquer contato humano.
Ainda durante a pandemia, em abril, a rede CJ-CGV adaptou um de seus multiplexes para que absolutamente tudo seja resolvido ou através de aplicativos ou de quiosques automatizados ou mesmo através de robôs, com inteligência artificial. “Foi previsto que haverá esta demanda por serviços sem contato, então buscamos elevar a confiança dos nossos consumidores assim como a eficiência do próprio cinema”, declarou Oh Dae-sik, diretor da equipe de inovação da exibidora.
A mesma medida foi adotada por outra exibidora, Lotte Cinema, que já adaptou 22 de seus 130 multiplexes para o modelo sem contato humano. Nele os espectadores podem reservar e pegar seus ingressos ou quitutes na bomboniére através de mecanismos de reconhecimento de voz. Caso queira assistir a um filme com classificação etária, é preciso enviar on-line um documento comprovando que tem idade para vê-lo.
Por mais que os cinemas já estejam em funcionamento na Coreia do Sul, o público que tem ido às salas equivale a apenas 5% do usual em 2019. O atual líder na bilheteria local é Um Dia de Chuva em Nova York (2019), último filme dirigido por Woody Allen, lançado com quase um ano de atraso depois da briga do diretor com a Amazon.
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