Corisco & Dadá (1996) chega nesta quinta-feira, 17, aos cinemas, numa cópia novinha em folha. Restaurado em 4K (altíssima resolução), o filme de Rosemberg Cariry volta às telonas para fazer jus à sua importância histórica. Ao longo das próximas semanas, ele deve reestrear em muitas outras praças. Mas, você pode fazer a sua parte e pedir para a sala de cinema mais próxima programar esse verdadeiro evento de resgate da nossa memória cinematográfica. Nesta primeira semana, o longa-metragem pode ser visto no circuito que segue abaixo. Não perca tempo e garanta agora o seu ingresso:
ARACAJU: Cinema Vitória
FORTALEZA: Cinema do Dragão
RECIFE: Cinema da Fundação
SALVADOR: Cine Glauber Rocha e Saladearte CineMAM
BELO HORIZONTE: Una Cine Belas Artes
VITÓRIA: Cine Metrópolis
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Corisco & Dadá conta a história do amor controverso entre o cangaceiro Corisco (Chico Díaz), membro destacado do mítico bando de Lampião, e Dadá (Dira Paes), a mulher que ele raptou ainda menina e transformou à força em esposa. O elenco conta ainda com Chico Alves, Bárbara Cariry, Maira Cariry, Virginia Cavendish, Regina Dourado, Antonio Leite, Teta Maia, Denise Milfont e Luiz Carlos Salatiel.
Corisco & Dadá foi restaurado a partir dos negativos de imagem e som originais. Devido à degradação química avançada desses negativos, foi necessário um longo processo de restauração. O método foi o escaneamento em 4K com posteriores retoques digitais. Isso possibilitou a confecção de uma nova matriz com imagem de som em altíssima resolução.
Sobre Corisco & Dadá, nós do Papo de Cinema fizemos em 2021 uma matéria super especial sobre os 25 anos do lançamento dessa pérola da nossa cinematografia. Na ocasião da efeméride, conversamos com Chico Diaz e Rosemberg Cariry para saber histórias de bastidores, causos e como eles enxergavam o filme decorrido um quarto de século de seu lançamento. Confira a matéria completa clicando aqui.
“Inicialmente, Rosemberg queria o Bertrand Duarte para interpretar o Corisco e eu faria o Lampião. Não me lembro bem como as peças mudaram e deu no que deu. Nunca imaginaria, a priori, a dimensão desse personagem, nem o significativo caminho apontado pelo Rosemberg, nem o resultado obtido, nem as chaves de interpretação alcançadas. Mas claro que o cangaço em si e os seus heróis são matéria obrigatória para se entender o homem brasileiro, daí a minha curiosidade e vontade nesse trabalho”, disse Chico Diaz.
“Tenho uma lembrança da equipe deslocando-se por sertões do Pernambuco e do Ceará, como um bando de cangaceiros (valentes e determinados), com trabalho dobrado sob o sol escaldante e em condições muitas vezes difíceis. Lembro com especial carinho dos camponeses que nos abrigaram e nos ajudaram, neles os atores perceberam falas, observaram gestos, ouviram narrativas, jeitos originais de viver e de sentir o mundo. Sempre apareciam alguns sertanejos e sertanejas, nas locações de caatingas profundas, para nos oferecer alguma fruta fresca, alguma quartinha de água, algum prato especial de comida. Essa solidariedade e hospitalidade foram realmente comoventes”, diz Rosemberg Cariry.
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– Podcast Papo de Cinema
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