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10 dez

Pois é, meu povo, o sonho acabou. A versão live-action de Cowboy Bebop (1998), uma das mais cultuadas séries de anime de todos os tempos, não deu lá muito certo, tanto que a Netflix já confirmou o cancelamento da empreitada que, assim, não terá uma segunda temporada. O principal motivo foi a resposta negativa dos fãs diante de mudanças bastante significativas nos personagens e no enredo, algo que pipocou nas redes sociais desde que o programa estreou globalmente na metade de novembro. E várias pessoas da equipe foram às suas respectivas contas nas redes para lamentar pelo cancelamento de Cowboy Bebop (2021).  “Realmente amei trabalhar nisso. Veio de um lugar real e puro de respeito e carinho. Gostaria que pudéssemos fazer o que planejamos para uma segunda temporada, mas você sabe o que dizem, os homens planejam, deus ri. Até logo, cowboy do espaço…”, postou no Twitter o roteirista Javier Grillo-Marxuach junto com uma foto do elenco.

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O ator Mason Alexander Park também demonstrou sua decepção com o fim do programa e comentou na postagem de Javier Grillo-Marxuach dizendo que “foi uma alegria trabalhar com você nisso”. O astro John Cho, escolhido para viver o icônico protagonista Spike Spiegel, não foi tão eloquente assim, se restringindo a postar um gif que demonstrou de maneira sucinta a sua decepção. Cowboy Bebop era uma grande aposta da Netflix, tanto que a empresa enfatizou bastante o “respeito” ao original na sua campanha prévia de divulgação. No entanto, bastou a estreia para fãs e críticos apontarem falhas consideradas essenciais que acabaram decretando o fim precoce de uma produção que tinha tudo para render bons momentos. Não foi dessa vez.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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