Cresce a arrecadação do cinema no Brasil. Porém, filmes brasileiros perdem terreno

Não é de hoje que o cinema brasileiro tem uma enorme dificuldade para encontrar o devido espaço no mercado interno. Para além das intempéries competitivas naturais – afinal de contas, estamos falando, em muitos casos, de orçamentos diminutos à disposição para a divulgação do produto nacional, isso contraposto por verdadeiras fortunas gastas pelo marketing dos blockbusters –, há uma falta de vontade no âmbito governamental para coibir ocupações massivas e outras práticas que privilegiam apenas os grandes lançamentos. Os dados disponibilizados pela Ancine mostram que no quesito arrecadação o nosso mercado cresceu em 2019, isso em comparação a 2018. O público total foi de 160 milhões a 172,2 milhões, um crescimento de cerca de 7,6%.

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Em contrapartida, o público dos filmes brasileiros diminuiu. Em 2018, algo em torno de 22,9 milhões de pessoas foram às salas conferir produções locais. Em 2019 esse número caiu para próximo de 22,6 milhões. Houve um aumento no número de salas de cinema – até dezembro a Ancine registrou 3201, mas há setores do mercado que sustentam que esse número já passou de 3500. O preço do ingresso no Brasil, tendo como base o período supracitado, subiu cerca de 5,63% e ficou, em média, em R$ 15,02. Vale lembrar que até junho de 2019 o país ficou sem cota de tela, normativa que estabelece um piso de diárias reservadas para a exibição de filmes brasileiros. E você, a que credita essa baixa nos nossos resultados?

(Fonte: G1)