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O Grande Gatsby, livro publicado por F. Scott Fitzgerald em abril de 1925, é figurinha carimbada nas listas de melhores romances norte-americanos do século 20. Não à toa, já foi bastante abordado audiovisualmente, de modos muitos distintos, dos conservadores aos excêntricos. Pois bem, a trama que oferece uma crítica ferrenha ao conhecido “sonho norte-americano” vai novamente chegar às telas. Michael Hirst, criador da série The Tudors (2007-2010) deu uma entrevista à revista norte-americana The Hollywood Reporter em que afirmou estar trabalhando numa versão mais diversa e inclusiva dessa história inicialmente ambientada numa Nova Iorque dos anos 1920, repleta de personagens habitando diversos círculos sociais. Na produção, a cargo do + E Studios e do ITV Studios America, teremos a inclusão da cultura negra da época. Farah Jasmine Griffin, professor de inglês e literatura comparada e estudos afro-americanos da Universidade de Columbia, atuará como consultor.

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“Há muito tempo tenho sonhado com uma versão diversa e inclusiva de Gatsby, que reflita melhor a América em que vivemos, uma que permita que todos nos vejamos no texto extremamente romântico de Scott. Michael traz uma profunda reverência pelo trabalho de Scott, mas também um destemor em trazer uma história tão icônica à vida de forma acessível e renovada. Estou muito feliz por fazer parte do projeto”, disse Farah Jasmine Griffin. Já Michael Hirst comentou sobre esse seu vínculo com o icônico livro: “Parece que vivi com Gatsby a maior parte da minha vida, lendo-o primeiro quando era garoto, depois ensinando-o em Oxford na década de 1970 e relendo-o periodicamente desde então. Como o crítico Lionel Trilling escreveu uma vez: ‘O Grande Gatsby ainda está tão fresco como quando apareceu, até ganhando em peso e relevância com o passar do tempo’. Hoje, enquanto a América busca se reinventar mais uma vez, é o momento perfeito para olhar com frescor para essa história atemporal, a fim de explorar seus personagens famosos e icônicos por meio das lentes modernas de gênero, raça e orientação sexual. A visão profundamente romântica de Fitzgerald não o impediu de examinar e expor o ponto fraco da experiência norte-americana, e é por isso que a história fala tanto da tragédia quanto da esperança”.

Os trabalhos ainda estão em estágios iniciais, portanto fique ligado por aqui para novidades.    

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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