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O tempo fechou para a Hollywood Foreign Press Association. Depois que a entidade de correspondentes estrangeiros dos EUA anunciou medidas para tornar seu quadro de associados mais diversificado, uma verdadeira avalanche de repúdios públicos e reprimendas de várias ordens colocaram a HFPA contra a parede. A NBC, rede de televisão norte-americana, já sinalizou que não está mais disposta a transmitir o Globo de Ouro de 2022: “Continuamos a acreditar que o HFPA está comprometido com uma reforma significativa. No entanto, uma mudança dessa magnitude exige tempo e trabalho, e acreditamos fortemente que o HFPA precisa de tempo para fazê-lo da maneira certa. Como tal, a NBC não irá transmitir o Globo de Ouro de 2022. Supondo que a organização execute seu plano, temos esperança de estar em posição de transmitir o programa em janeiro de 2023”.

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Além disso, gigantes como Netflix, Amazon e Warner anunciaram que não endossarão qualquer coisa ligada à Hollywood Foreign Press Association antes de reformas substanciais na entidade. Estrelas como Scarlett Johansson e Mark Ruffalo pediram abertamente que toda a indústria “recue” diante do Globo de Ouro, exatamente até que o colegiado passe por uma reforma consistente. E, nesta segunda-feira, foi confirmado pela Variety que Tom Cruise simplesmente devolveu à entidade as três estatuetas recebidas por: Nascido em 4 de Julho (1989), de Melhor Ator em Drama; Jerry Maguire: A Grande Virada (1996), de Melhor Ator em Comédia ou Musical; e por Magnólia (1999), de Melhor Ator coadjuvante.

A cineasta Ava DuVernay elogiou as ações de Cruise no Twitter: “Aquela vez que Tom Cruise enviou seus @goldenglobes numa caixa real para a recepção da HFPA a fim de se posicionar contra suas práticas sexistas, homofóbicas e racistas de exclusão, assédio e preconceito”.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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