Curta Taquary 2024 :: Início da 17ª edição do evento agita o agreste pernambucano

O 17º Curta Taquary teve início no último sábado, 16, Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A escolha da data emblemática se deu justamente para contemplar o eixo temático deste evento cuja sede principal fica na cidade pernambucana de Taquaritinga do Norte: o meio ambiente. Quebrando um pouco a expectativa do que se espera de uma ocasião como essa, o 17º Curta Taquary não foi inaugurado oficialmente com a exibição de algum dos 67 filmes selecionados, mas com o plantio de mudas, a partir das 5h30, em áreas próximas ao rio Capibaribe, importante curso d’água que nasce no Agreste e deságua no Oceano Atlântico. A iniciativa faz parte do compromisso do festival de contribuir com o reflorestamento da região – para se ter uma ideia disso, neste ano há previsão do plantio de duas mil mudas, numa parceria com a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), entidade que doou as plantas. 

LEIA MAIS
– Curta Taquary 2024 :: Trabalho, hereditariedade e gentrificação (Mostra Brasil)
– Curta Taquary 2024 :: Começa a 17ª edição do evento pernambucano. Confira a programação
– Curta Taquary 2024 :: Sonhos emancipatórios e cosmologia indígena (Mostra Internacional)

A segunda atividade do 17ª Curta Taquary, ainda no sábado, foi a realização da 7ª edição do Encontro de Cinema e Educação, que reuniu realizadores e produtores de festivais e mostras. Com a presença de alunos de escolas da região, a atividade contou com as presenças de Tiago Delácio, cineasta e coordenador de programação do festival MARÉ, do Recife (PE); Karlinne Cordeiro, diretora de Economia Criativa do Município de Penedo (AL), que também foi representado por Sérgio Onofre, do Circuito Penedo de Cinema; por Guilherme Araújo, da Ororubá Filmes, localizada no Território Indígena Xukuru do Ororubá, em Pesqueira (PE). Mais tarde foi a vez da exibição dos filmes da Mostra Pernambucana,além da mesa de diálogo de Experiências de sustentabilidade: onde, como e para quem?, que reuniu Danielle Jansen, arte-educadora, produtora e agrônoma, de Garanhuns (PE); Mavi Brilhante, ativista ambiental, de João Pessoa (PB)  e Kleber Xukuru, cineasta e produtor, do Território Indígena Xukuru (PE).

Mais tarde, foi a vez de uma mescla de música e cinema na Praça Otto Sailer, no centro de Taquaritinga do Norte, com destaque para o projeto  Kurta na Kombi, que veio do Rio Grande do Norte e aportou na cidade pernambucana para projetar filmes ao ar livre em uma tela montada na estrutura do veículo. O público ficou vidrado nas exibições dos curtas da Mostra Brasil. Já na cidade vizinha de Toritama, o Cine Aurélio teve projeções de filmes das mostras Agreste, Criancine e Pernambucana, além dos exemplares da mostra Toritama, formada por curtas-metragens dirigidos por uma nova safra de realizadores do município do Agreste pernambucano, exibidos em caráter não competitivo.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.

• Bio
• Últimos Posts

Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

Últimos artigos deMarcelo Müller (Ver Tudo)

• Mostra de Gostoso 2024: Conversamos com os diretores Eugênio Puppo e Matheus Sundfeld (Exclusivo) - 25 de novembro de 2024
• O Deserto de Akin - 24 de novembro de 2024
• Mostra de Gostoso 2024 :: Seminário discute produção audiovisual nordestina - 24 de novembro de 2024