Que orgulho do eterno Harry Potter. Ciente de sua responsabilidade como pessoa pública, o ator Daniel Radcliffe não se fez de rogado diante dos recentes tuítes da autora J. K. Rowling considerados transfóbicos. A criadora do bruxinho mais famoso da literatura recente fez uma série de posts no sábado, 05, argumentando que a discussão sobre identidade de gênero anula a biologia: “Se o sexo (de nascimento) não é válido, a realidade vivida pelas mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de gênero (de nascimento) remove a capacidade de muitos de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade”, escreveu Rowling, também criticada por questionar uma manchete que continha a expressão “pessoas que menstruam” com: ”Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajuda. Wumben? Wimpund? Woomud?”.
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Num artigo divulgado nesta segunda-feira, 08, no site do The Trevor Project, instituição norte-americana dedicada à prevenção do suicídio entre jovens LGBTQI+, Radcliffe afirmou que: “Como alguém que teve a honra de colaborar com o The Trevor Projetc na última década, me senti impelido a dizer algo nesse momento. Mulheres transgênero são mulheres. Qualquer declaração contrária apaga as identidades e as dignidades das pessoas trans, indo na contramão de todos os conselhos dados por associações profissionais que têm muito mais experiência e autoridade do que eu ou a J.K. no assunto. É óbvio que precisamos fazer mais para apoiar pessoas trans e não binárias, não invalidar suas identidades e causar mais estragos”.
Daniel Radcliffe também se direcionou aos fãs da saga Harry Potter, dizendo que lamentava profundamente que os comentários da autora pudessem ter causado dor. Ele prosseguiu, afirmando torcer para que a mácula, no entanto, não diminua a relação com as histórias do bruxinho, contidas em “livros que nos ensinaram que o amor é a coisa mais forte do universo”, afirmou.
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