Em seu editorial sobre o estado do cinema em 2019, o veterano crítico A. O. Scott, principal editor de cinema do New York Times, toma um posicionamento claro em favor de filmes politizados e ousados, ao invés das franquias mais comerciais do cinema:
“Sabe o que é bom? Filmes que oferecem mais do que a pseudopolítica sombria de Coringa (2019) ou o elaborado teatro pró-status quo de Vingadores (2019). Filmes que, ao invés de fetichizar a autopiedade ou sentimentalizar a dominação, iluminam a crueldade, a comédia e a graça da condição humana. Filmes que nos tratam como algo além do espectador passivo e obediente, o “fã” conquistado de antemão. Filmes que valham a discussão de fato, que mereçam a reflexão”.
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Com frases tão fortes, Scott destaca os dez filmes que mais impressionaram o importante jornal. Para a felicidade dos brasileiros, Democracia em Vertigem (2019), documentário sobre o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff e o PT, está na lista, o que pode aumentar sua visibilidade rumo a uma indicação no Oscar 2020. Esta foi a justificativa de Scott para a eleição do filme dirigido por Petra Costa: “Este documentário assustador, um olhar profundo aos eventos que levaram à eleição de Jair Bolsonaro, o presidente populista do Brasil, é o filme mais assustador do ano”.
Confira a lista completa do New York Times:
