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Dheepan: O Refúgio, Palma de Ouro em Cannes, ganha data de lançamento no Brasil

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Dheepan: O Refúgio, produção vencedora da Palma de Ouro na edição 2015 do Festival de Cannes, estreia nos cinemas brasileiros em 05 de novembro. Antes disso, será exibido durante a programação da 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Abordando com intensidade dramática um dos temais mais polêmicos do momento, a imigração dos refugiados de guerra, o francês Jacques Audiard confirma sua credibilidade no cenário internacional.

Na trama, para escapar da guerra civil no Sri Lanka, o ex-soldado Dheepan (Jesuthasan Antonythasan), a jovem Yalini (Kalieaswari Srinivasan) e a pequena Illayaal (Claudine Vinasithamby) se fazem passar por uma família. Sem dominar o idioma local, vão morar em um projeto habitacional nos arredores de Paris. Deephan trabalha como zelador e Yalini como empregada doméstica e, mesmo mal se conhecendo, tentam construir uma vida juntos.

Apesar da questão central sobre imigração, o diretor destaca a formação da falsa família como pano de fundo do que poderia ser uma comédia sobre o casamento, nas palavras de Audiard. “Acho que, no início do projeto, não estávamos conscientes desse objetivo: formar um casal, uma família. São personagens que não se amam por motivos bem evidentes, mas precisam ser uma família, um casal, com um objetivo prático, para entrar em uma sociedade e, no fim, isso prende a atenção do espectador”, explica.

Sobre a escolha do elenco, Audiard conta que temia não fazer um filme autêntico, mas que com esses atores encontrou o que estava na gênese do projeto: fazer um filme sobre estrangeiros com atores completamente estrangeiros (e pouco, ou nada, experientes). “O tipo de disparidade que procurávamos para o filme achei naturalmente entre eles. Fiquei muito tempo em contato com eles. Foi muito singular. Pouco a pouco, a região francesa onde estávamos se tornava realmente uma terra estrangeira. A questão mais importante do filme era a interiorização de todo esse processo para os personagens. A evolução interior deles era primordial”, conclui.

(Fonte: Paula C. Ferraz)

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