20180705 robby mueller papo de cinema

O renomado diretor de fotografia holandês Robby Müller morreu nesta quarta-feira, 04, aos 78 anos. De acordo com a imprensa local, ele lutava há anos contra um severo problema vascular. Formado na Escola de Cinema da Holanda, ficou conhecido como um mestre da iluminação, sobretudo pela habilidade na manipulação da luz natural. Sua lista de contribuições para o cinema é verdadeiramente impressionante. Contumaz colaborador de Wim Wenders, é responsável pelo trabalho fotográfico inesquecível de Paris, Texas (1984), no qual colocou em prática, especialmente nos cenários desérticos, a aptidão pela qual se tornou célebre no meio. Com o cineasta alemão, já havia feito Alice nas Cidades (1974), belíssimo exercício em preto e branco, demonstrando, assim, versatilidade.

Outro cineasta com quem Müller trabalhou frequentemente foi Jim Jarmusch. É dele a fotografia de Daunbailó (1986), Homem Morto (1995) e Ghost Dog (1999). Aliás, Jarmusch se manifestou no Twitter, lamentando a morte do amigo. “Perdemos o impressionante, brilhante e insubstituível Robby Müller. Eu o amo muito. Ele me ensinou tantas coisas e, sem ele, acho que não saberia nada sobre fazer filmes. Descanse paz, querido amigo”.

Müller também estabeleceu uma parceria frutífera com Lars von Trier. Desse encontro nasceu Ondas do Destino (1996) e Dançando no Escuro (2000). O último longa-metragem fotografado pelo holandês foi A Festa Nunca Termina (2002), de Michael Winterbottom. Em 2013, a America Society of Cinematographers conferiu-lhe um prêmio por sua carreira.   

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Cena memorável de “Paris, Texas”

Fonte: Redação PdC)

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