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O fundamentalismo religioso continua fazendo vítimas no Irã, país onde não existe separação entre o Estado e a crença islâmica. Além de inúmeros casos de cineastas perseguidos, ameaçados, presos e proibidos de filmar, foi divulgada uma notícia particularmente sombria: o diretor Babak Khorramdin foi assassinado pelos próprios pais.

De acordo com apuração da Revista Monet, o cineasta de 47 anos foi anestesiado pelos pais, esfaqueado, depois teve seus membros cortados e descartados em sacos de lixo na cidade de Ekbatan, a oeste de Teerã. O casal idoso confessou o crime, motivado pelo fato de o filho jamais ter se casado, contrariando as regras da religião. A dupla também admitiu ter matado a filha e o genro, três anos antes, empregando o mesmo método.

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Babak Khorramdin

 

Ambos foram presos após a descoberta de evidências na casa da família. Nenhum dos dois manifestou remorso pelos atos, alegando se tratar de um crime de honra. Eles aguardaram a chegada de Babak Khorramdin, que vivia em Londres, para visitá-los no Irã, quando o pressionaram mais uma vez pelo matrimônio.

De acordo com o site Rokna, o pai admitiu ao delegado encarregado do caso: “Meu filho era solteiro. Isso nos ameaçava. Nossas vidas estavam em risco, não ficamos seguros nenhum dia. Ele falava palavrões e fazia o que bem entendia. A mãe dele e eu tomamos a decisão. Nós nos livramos dele para não perdermos ainda mais a nossa reputação”.

O artista havia se formado na Faculdade de Belas Artes do Teerã em 2009, antes de concluir o mestrado em cinema. Ele chegou a dar aulas de audiovisual, além de realizar curtas-metragens como Crevice, Oath to Yashar e The Sun.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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