20200414 splash sereia minha vida papo de cinema

Os filmes são documentos de seus tempos, correto? A forma como os personagens interagem, a abordagem das questões que perpassam a trama, tudo dá conta de como determinada sociedade se comportava diante de certos tópicos e questões. Mas, a Disney não parece se importar muito com isso, tampouco com a integridade das produções que vem disponibilizando no seu serviço de streaming. Depois de causar controvérsia ao mexer numa parte polêmica de Dumbo (1941), agora o puritanismo da casa do Mickey atingiu um clássico oitentista. Splash: Uma Sereia em Minha Vida teve partes editadas digitalmente, sobretudo as que mostram breves vislumbres de nudez.

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A nova versão do filme está em conformidade com os rígidos padrões do estúdio quando o assunto é “entretenimento familiar”. Todavia, nas redes sociais pipocaram críticas a esse expediente, inclusive porque, ao que parece, os efeitos utilizados para disfarçar a nudez são tão (d)eficientes quanto os de Cats (2019). “A Disney + não queria bundas em sua plataforma, então editou Splash com a tecnologia digital de peles”, twittou o usuário Allison Pregler, que, inclusive, capturou um momento censurado pela Disney (você pode ver abaixo). Splash: Uma Sereia em Minha Vida mostra o personagem de Tom Hanks apaixonado pela sereia vivida por Daryl Hannah.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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