Morreu nesta terça-feira, 14, aos 75 anos, na cidade de São Paulo, o diretor, roteirista e produtor Djalma Limongi Batista. O realizador dirigiu um dos mais emblemáticos filmes brasileiros sobre futebol: Asa Branca: Um Sonho Brasileiro (1980), estrelado por Edson Celulari. A notícia foi confirmada por um amigo próximo do cineasta, mas a causa não foi revelada.
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Nascido em Manaus, em 1947, Djalma participou do movimento cineclubista da cidade antes de se mudar para o Distrito Federal para estudar cinema na Universidade de Brasília. Depois, rumou para São Paulo. Em 1968, entrou no curso de cinema da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Estreou como diretor no final dos anos 1960 comandando os curtas Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora (1968) e The Southern Contest Myth (1969).
Estabeleceu seu nome no cenário cinematográfico brasileiro ao comandar Asa Branca: Um Sonho Brasileiro (1980). O enredo que mistura comédia, esporte e drama segue Antonio “Asa Branca” dos Reis (Celulari), jogador de futebol que mora com a família no interior paulista até seu talento despertar o interesse de um grande clube da capital. O jovem precisa então adaptar-se à vida na metrópole enquanto luta pelo sonho de jogar no Maracanã e ser convocado para uma Copa do Mundo. A obra rendeu a Batista troféus no Festival de Brasília de 1981 e no Festival de Gramado de 1982, ambos na categoria de Melhor Direção. A produção ainda foi selecionada para a mostra principal do Festival dos Três Continentes de Nantes, na França, em 1982.
Nos anos 1990, Djalma ainda voltou a ser condecorado na serra gaúcha. No Festival de Gramado de 1997 ele recebeu o troféu do Júri Especial pelo filme Bocage: O Triunfo do Amor (1997), cinebiografia do famoso poeta português do século 18. Este, aliás, foi o último longa em que atuou como diretor.
