A atriz norte-americana Cloris Leachman morreu de causas naturais nesta quarta-feira, 27, aos 94 anos, em Encinitas, Califórnia. “Tive o privilégio de trabalhar com Cloris Leachman, uma das atrizes mais destemidas de nosso tempo. Não havia ninguém como ela. Com um único olhar, tinha a habilidade de partir seu coração ou fazer você rir até que as lágrimas corressem pelo seu rosto. Você nunca sabia o que Cloris ia dizer ou fazer e essa qualidade imprevisível era parte de sua magia incomparável”, disse sua agente de longa data, Juliet Green. O sucesso que a artista alcançou foi apenas possível depois de quase duas décadas de trabalho árduo no teatro, na televisão e em filmes de menos destaque. Em 1972, ela teve vários reconhecimentos de porte imenso, tais como o fato de ter vencido o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por A Última Sessão de Cinema, um dos emblemas da chamada Nova Hollywood, e ser indicada pela primeira vez ao Emmy, o principal prêmio da televisão norte-americana, também como coadjuvante, mas pela série Mary Tyler Moore (1970-1977).
LEIA MAIS
Atriz Gunnel Lindblom, colaboradora de Ingmar Bergman, morre aos 89 anos
Atriz Mira Furlan, da série Lost, morre aos 65 anos
Morre aos 69 anos o ator e roteirista francês Jean-Pierre Bacri
Ao todo, Cloris Leachman foi indicada a 19 Emmy, tendo vencido em sete oportunidades. Nos cinemas, outros papeis de destaque dela foram em O Jovem Frankenstein (1974), de Mel Brooks, e Espanglês (2004), com Adam Sandler. Em 2008, então com 82 anos, ela se tornou a participante mais velha do programa Dancing With the Stars – o Dança com os Famosos dos Estados Unidos. Seu último trabalho nos cinemas foi em Not To Forget, ainda inédito, atualmente em pós-produção. Já na televisão, sua contribuição derradeira foi com a série Elena de Avalor (2016-2020).
