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Duna (2021) ainda nem chegou aos cinemas, mas o diretor Denis Villeneuve está otimista quanto à sequência. Em entrevista ao SFX Magazine, ele afirmou que a produção precisaria se sair “muito mal” nas bilheterias para os estúdios Warner Bros. não confirmarem a Parte 2. Ele estima que a resposta final a respeito da continuação deve chegar em dezembro, cerca de dois meses após a estreia comercial tanto nas salas quanto em streaming.
Alguns meses atrás, o cineasta foi pego de surpresa pela decisão da empresa de lançar suas maiores produções simultaneamente nos cinemas e através do serviço HBO Max, sem custos adicionais aos assinantes. Muitos diretores se opuseram à estratégia, incluindo Christopher Nolan e o próprio Villeneuve, que declarou a provável morte da franquia Duna. No entanto, a Warner obteve bons resultados com este formato de exibição, conforme atestam os números de Godzilla vs. Kong (2021) e Space Jam: Um Novo Legado (2021).
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O diretor Denis Villeneuve

As tensões se acalmaram com a estreia mundial de Duna durante o Festival de Veneza, quando a recepção foi majoritariamente positiva por parte da imprensa. Apesar de algumas reclamações sobre o ritmo lento e a falta de final (aparentemente, a história se interrompe abruptamente, abrindo caminho para a Parte 2), o resultado foi considerado “tudo o que um blockbuster de Hollywood pode ser”, nas palavras do The Guardian, e uma “visão do futuro incrivelmente vívida” pelo Los Angeles Times.
Os estúdios Warner têm grandes esperanças para o resultado comercial de Duna (2021) e de Matrix 4 (2021), que devem se tornar seus dois maiores sucessos do ano. A produção do novo Duna (após o original de David Lynch) custou US$ 165 milhões em produção, sem contar com os investimentos em publicidade. Diante da lenta retomada da indústria nos Estados Unidos, devido à variante Delta da Covid-19 e da rejeição parcial da população em se vacinar, o resultado das bilheterias no resto do mundo será fundamental para a confirmação do segundo filme.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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