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Eddie Redmayne afirma que errou ao viver uma mulher trans em A Garota Dinamarquesa

Publicado por
Marcelo Müller

Eddie Redmayne foi indicado ao Oscar de Melhor Ator por A Garota Dinamarquesa (2015), mas se fosse convidado atualmente para desempenhar o mesmo papel ele não aceitaria. Vale lembrar que no longa-metragem dirigido por Tom Hopper ele vivia a artista plástica Lili Elbe, uma das primeiras pessoas do mundo a fazer uma cirurgia de redesignação de gênero. Numa recente entrevista ao jornal britânico Sunday Times, o próprio Eddie Redmayne fez questão de dizer que não repetiria a dose por uma questão de representatividade: “Não, eu não aceitaria isso agora. Fiz aquele filme com as melhores intenções, mas hoje acho que foi um erro. A maior discussão em torno do elenco foi porque muitas pessoas não têm uma “cadeira à mesa”. Tem de haver um nivelamento, senão vamos continuar tendo esses debates”, disse ele se referindo a atores e atrizes transexuais. Quando o filme foi lançado, as críticas negativas principais eram direcionadas justamente ao fato do papel não ter ido para um intérprete trans.

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Estrela da saga Animais Fantásticos, derivada de Harry Potter, Eddie Redmayne já tinha se colocado no polo oposto aos comentários transfóbicos da autora JK Rowling há alguns meses: “Queria deixar absolutamente claro onde estou: discordo dos comentários de Jo. Mulheres trans são mulheres, homens trans são homens e identidades não binárias são válidas. Não gostaria de falar em nome da comunidade, mas sei que meus queridos amigos e colegas transgêneros estão cansados ​​desse questionamento de suas identidades que muitas vezes resulta em violência e abuso. Eles simplesmente querem viver suas vidas em paz. E é hora de deixá-los fazer isso”. Falou e disso, não é?

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.