O Comscore, empresa que reúne dados sobre a indústria do cinema, confirmou um recorde preocupante: no ano de 2020, os cinemas mundiais devem conquistar a arrecadação mais baixa dos últimos quarenta anos, no mínimo, quando as bilheterias começaram a ser contabilizadas em grande escala. Devido à pandemia de Covid-19 e ao fechamento das salas, os cinemas faturaram US$2,2 bilhões até o início de dezembro, com previsão de encerrarem o ano em US$2,3 bilhões.
Isso representa cerca de 80% a menos do que 2019, quando se atingiu a soma de US$42,5 milhões – a maior registrada até então. Os números deste ano pandêmico poderiam ter sido ainda piores, caso o circuito exibidor na China, Japão e Coreia do Sul não tivesse se recuperado tão bem, com resultados expressivos para filmes como Os Croods 2: Uma Nova Era (2020). O lançamento nos cinemas de Tenet (2020) e de Mulan (2020) – este último, apenas no circuito asiático – ficou aquém do esperado pelo mercado.
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Diante de tamanha crise, o ano de 2021 tende à melhoria devido à vacinação em massa contra o vírus. No entanto, resta saber em que medida a indústria conseguirá se reerguer: os espectadores voltarão às salas com a mesma frequência de antes? Os ingressos custarão o mesmo valor? A decisão da Disney e Warner de lançarem seus maiores filmes em streaming (no caso desta última, simultaneamente às salas de cinema) prejudicará a retomada das salas?
Segundo Paul Dergarabedian, da Comscore, “conforme chegamos às últimas semanas deste ano repleto de incertezas, a indústria se encaminha lentamente ladeira abaixo, quando registramos uma ínfima parte de 2019, ano em que comemoramos a maior arrecadação histórica para os cinemas mundiais”. Você já foi aos cinemas desde o início da pandemia?
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