Em 2021, serviços de streaming devem investir US$ 112 bilhões em filmes e séries

Publicado por
Bruno Carmelo

Embora o crescimento dos serviços de streaming seja uma realidade amplamente conhecida pela indústria, tem sido difícil mensurar a expansão do setor nos últimos anos. No entanto, a Consumer Technology Association ofereceu uma estimativa de investimentos em conteúdos audiovisuais pelas maiores empresas de streaming no mundo em 2021: US$ 112 bilhões.

Isso significa que Netflix, Amazon, Hulu, Disney, Apple e demais serviços têm uma previsão de gastos 11% maiores do que em 2020, e 31% maiores do que em 2019. A pandemia de coronavírus, que fechou as salas de cinema e deixou milhões de espectadores ávidos por conteúdo em suas casas, acelerou o desenvolvimento destes serviços, que cresceram 37% durante a quarentena, de acordo com dados reportados pelo Screen Rant.

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A preocupação da indústria, segundo o The Playlist, diz respeito ao escoamento de tantos filmes e séries produzidos simultaneamente. Mesmo que o streaming permita a sobreposição de conteúdos nas plataformas digitais (ao contrário das salas de cinema, onde a programação é limitada pelo espaço físico), o aumento na oferta tende a dispersar o público, fazendo com que conteúdos menores se percam em meio à saturação de títulos à disposição. Enquanto isso, como se comportarão as salas de cinema diante de uma competição tão acirrada?

Além disso, com o início do processo de vacinação pelo mundo, espera-se que os setores comerciais reabram, e as pessoas ocupem os espaços públicos em maior escala, permanecendo menos tempo em casa. O aumento nos investimentos conseguirá manter as pessoas diante de suas telas portáteis? De qualquer maneira, esta é a aposta dos gigantes do streaming: a Netflix anunciou o lançamento de pelo menos um filme novo por semana, enquanto Amazon, Disney e Apple preparam projetos multimilionários com os maiores atores e diretores de Hollywood.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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