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Em Hong Kong, cinemas fechados recebem dinheiro do Estado durante pandemia

Publicado por
Bruno Carmelo

Enquanto o Brasil se confronta ao crescimento dos números de Covid-19, sem previsão para o início da vacinação em massa, os países asiáticos adotam medidas drásticas para conterem a nova onda de contaminação pelo coronavírus. Em Hong Kong, os cinemas foram obrigados a fechar as portas pela terceira vez este ano, por ordem do governo federal. Deste modo, perderam o período de férias, quando são lançados os filmes mais lucrativos do ano.

Em compensação, o país prevê o financiamento do circuito exibidor enquanto permanece fechado. Cada sala de cinema registrada recebe o valor de US$ 12,9 mil (aproximadamente R$ 67 mil), totalizando US$ 2,7 milhões (aproximadamente R$ 14 milhões) às salas em resposta ao terceiro fechamento. Uma soma equivalente foi destinada aos exibidores durante as interrupções anteriores.

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Vale lembrar que, apesar da queda mundial de 80% nas bilheterias em 2020, o mercado se sustentou principalmente graças aos índices da China e do Japão, onde filmes locais conquistaram sucesso considerável, embora blockbusters americanos (como Tenet e Mulan) tenham decepcionado. Em consequência, as maiores empresas mundiais de cinema (incluindo Warner Bros. e Disney) preferiram lançar seus próximos filmes em plataformas de streaming.

Em Hong Kong, os cinemas voltam a abrir em 6 de janeiro, caso a evolução dos números da Covid-19 acompanhe a previsão dos especialistas de saúde. Em 2020, os cinemas locais registraram queda de 75% nas bilheterias. No entanto, graças às medidas restritivas, o território com mais de 8 milhões de habitantes registra apenas 141 mortes e 8,6 mil pessoas infectadas até o momento.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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