Com a entrega do Oscar no último domingo (26/2), o ano parece ter finalmente começado – ao menos para os cinéfilos de plantão! E é nesse período que duas correntes distintas começam a aparecer nas telas locais: de um lado os principais esquecidos pelo maior prêmio do cinema mundial – obras esnobadas pela cobiçada estatueta dourada mas ainda assim repletas de méritos – e de outro os novos candidatos a sucesso, produções originais de 2012 que entram em cartaz em busca do favoritismo do público. E nessa semana há ainda um forte candidato a campeão de bilheteria nacional! Confira abaixo as principais estreias desse início de março:
Dono de cerca de 40 prêmios ao redor do mundo, o longa que marca a estreia do diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn em Hollywood teve que se contentar com apenas uma indicação ao Oscar, e numa categoria técnica: Edição de Som. Mas os méritos da produção são diversos, como comprovam as vitórias como Melhor Diretor no Festival de Cannes e as de Albert Brooks como Melhor Ator Coadjuvante pelos críticos de Washington, São Francisco, Phoenix, Nova York, Las Vegas, Florida, Chicago, Boston e pela Sociedade Nacional de Críticos dos EUA. Brooks aparece como um perigoso gangster que entra em rota de colisão com o protagonista, interpretado por um intenso Ryan Gosling. Ele é apenas “O Motorista”, que trabalha como dublê cinematográfico e também como piloto de assaltantes. Tudo ia tranquilo, dentro de suas próprias regras, até que ele se apaixona pela vizinha (Carey Mulligan). Um filme cheio de estilo, com uma trilha sonora fantástica e um visual arrebatador.
Confira a crítica de Matheus Bonez, curiosidades, galeria de fotos e trailer de Drive
A série iniciada em 2003 serviu para duas coisas: fazer da atriz Kate Beckinsale uma estrela e aproximá-la do diretor Len Wiseman. Hoje os dois estão casados, ele segue apenas como produtor e ela insiste neste quarto episódio, feito exclusivamente para aproveitar a onde oportunista de efeitos em 3D. A trama da vampira que acorda anos após o acidente que supostamente teria assassinado seu amante lobisomem é tola e sem sentido. O problema que enfrenta agora é que descobre que teve uma filha híbrida, meio vampira, meio lobisomem, e todas as raças – inclusive os humanos – estão atrás da garota. Caberá a ela defender a singular prole. Muito tiro, muita ação, muito barulho e muita escuridão. São apenas 90 minutos de projeção, mas parece muito mais!
O que aconteceria se, de uma hora para a outra, você ganhasse poderes inacreditáveis, como superforça, mexer objetos com a mente e voar? Ainda mais sendo adolescente, é claro que tudo viraria uma grande brincadeira, ao menos no início. Mas, aos poucos, o uso excessivo dessa nova condição passaria a romper barreiras e códigos de conduta, colocando a todos em perigo. Essa é a ideia por trás desse filme feito como se fosse um documentário, ao estilo de séries como Atividade Paranormal e A Bruxa de Blair. Produção pequena, repleta de atores desconhecidos e diretor estreante, chama atenção principalmente pelos competentes efeitos especiais e pela postura naturalista que assume em relação aos filmes de origens de superheróis. Mas o tom assumidamente amador atrapalha bastante o envolvimento do público.
Confira a crítica de Robledo Milani, curiosidades, galeria de fotos e trailer de Poder sem Limites
O diretor brasiliense José Eduardo Belmonte, dos intensos e dramáticos A Concepção (2005) e Se Nada Mais Der Certo (2008), deixa de lado o tom sério para se arriscar numa comédia voltada ao grande público. Selton Mello e Grazielli Massafera (em seu primeiro trabalho como protagonista no cinema) formam um casal à beira da falência que se une a um padre fajuto (Milton Gonçalves) para juntos aplicarem um golpe que poderá mudar a vida de todos. O curioso é que durante todo o tempo a sonhadora esposa confessa seus medos e anseios com um porquinho de brinquedo, que lá pelas tantas decide conversar com ela. Comédia no estilo das antigas chanchadas, chama atenção ainda pelos coadjuvantes, como Zezeh Barbosa, Álamo Facó, Preta Gil, Otávio Müller, Tadeu Mello, Monique Lafond e Cássia Kiss.
Confira a ficha técnica, curiosidades, galeria de fotos e trailer de Billi Pig
O diretor e roteirista Craig Moss começou sua carreira com um curta que debochava de O Resgate do Soldado Ryan (1998) e com um vídeo que misturava paródias de O Virgem de 40 Anos (2005), Ligeiramente Grávidos (2007), Ressaca de Amor (2008) e Superbad (2007), entre outros. Tamanha bobagem parece ter funcionado, e agora ele ganhou um maior orçamento e estreia, finalmente, no cinema, tirando sarro da Saga Crepúsculo. Sem roteiro nem atores de verdade, resta conferir como ele pretende fazer graça com uma trama que no original já é uma grande piada!
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