Um dos campeões de indicações ao Oscar 2012, uma comédia besteirol, produções do Brasil, da França, do Irã e da Inglaterra e o relançamento de um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos disputam as atenções do público nesta semana. São opções para todos os tipos de públicos, e o curioso é perceber que os filmes que estão sendo lançados com o maior número de cópias são, numa ótica inversamente proporcional, os menos interessantes em termos críticos. Mas cabe ao espectador o julgamento final! E que vença o melhor!
Com 10 indicações ao Oscar, essa produção silenciosa em preto & branco saiu da condição de azarão para a de grande favorito ao prêmio máximo do cinema mundial. Realização francesa ambientada na era de ouro de Hollywood, o longa dirigido por Michel Hazanavicius é finalista nas categorias de Melhor Filme, Direção, Ator (Jean Dujardin), Atriz Coadjuvante (Bérénice Bejo), Fotografia, Direção de Arte, Figurino, Trilha Sonora, Montagem e Roteiro Original – deve sair vitorioso em ao menos metade delas! A história de um astro do cinema mudo (Dujardin) que cai no ostracismo com a chegada do cinema falado é puro deleite, e já rendeu reconhecimentos como o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes, Melhor Filme e Ator em Comédia ou Musical no Globo de Ouro e vitórias no DGA (sindicato dos diretores) e PGA (sindicato dos produtores). Ou seja, é quase imbatível e o primeiro filme realmente imperdível de 2012!
Cada um tem a gêmea que merece
Adam Sandler já não é lá essas coisas quando aparece sozinho, imagine então em dose dupla! Sim, pois assim como Eddie Murphy e Martin Lawrence já fizeram antes dele, agora decide mostrar sua versão feminina, como a irmã gêmea do protagonista que vem visitar a família e provocar diversas confusões. O filme é um desastre do início ao fim, e o máximo de interesse que pode despertar é a curiosidade mórbida de presenciar um astro como Al Pacino em pleno declínio de carreira em meio à caretas e trapalhadas. Constrangedor é pouco!
Jafar Panahi é um dos mais respeitados e conceituados realizadores do cinema iraniano, e talvez seja justamente por isso que foi condenado à prisão domiciliar em seu país por ser considerado “inimigo do povo”. Para driblar a censura, chamou o amigo Mojtaba Mirtahmasb para ajudá-lo nesse projeto de documentário que visa registrar sua rotina durante um dia de confinamento. Uma verdadeira aula de cinema e inventividade, foi exibido pela primeira vez no Festival de Cannes, onde chegou escondido das autoridades iranianas em um pen drive disfarçado.
O drama de Valérie Donzelli foi o representante oficial da França na disputa de uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Acabou ficando de fora da seleção oficial, mas isso de forma alguma significa um demérito da produção. Emocionante ao extremo, essa é a história do casal Romeo e Juliette, que precisa lidar com a difícil situação do filho pequeno, diagnosticado com um tumor cerebral. Ganhou os prêmios de Melhor Filme, Ator (Jérémie Elkaïm) e Atriz (Valérie Donzelli) no Festival de Gijón, na Espanha.
Veterano da televisão inglesa, o diretor Nick Murphy estreia no cinema com esse suspense sobre uma especialista em fenômenos paranormais que é chamada para explicar as aparições do fantasma de uma criança em um orfanato no interior da Inglaterra. Inédito nos cinemas americanos, tem à frente do elenco Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona, 2008), que por esse trabalho foi indicada como Melhor Atriz no British Independent Film Awards, Dominic West (300, 2006) e Imelda Staunton (O Segredo de Vera Drake, 2004). Murphy concorreu também como cineasta revelação no London Film Festival.
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Mulher vai visitar a mãe no sertão nordestino para enterrar o filho que morreu. Com esse fiapo de trama, o diretor Petrus Cariry construiu o grande vencedor da 21° edição do Cine Ceará, levando prêmios como os de Melhor Filme e Roteiro. Esse é o segundo longa do realizador cearense, que com os curtas Dos Restos e das Solidões (2006) e O Som do Tempo (2010) e com o trabalho de estreia O Grão (2008) já acumula mais de 30 prêmios em 50 festivais mundo afora.
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Star Wars: Episódio 1 – A Ameaça Fantasma 3D
A história todo mundo já conhece, mas o que muda agora é o uso da tecnologia em terceira dimensão para oferecer um visual ainda mais elaborado do primeiro capítulo de uma das sagas de maior sucesso de todos os tempos. Os cavaleiros Jedi (Liam Neeson e Ewan McGregor) e a luta da Força contra o terrível Darth Maul, o encontro da Rainha Amidala (Natalie Portman) com o jovem Anakin Skywalker (Jake Lloyd) e o início da transformação deste no vilão Darth Vader compõem a trama que soa agora já envelhecida, 13 anos após sua estreia original, período em que os defeitos ficaram mais evidentes do que as qualidades da produção. E o 3D, grande novidade do momento, pouca diferença provoca nos olhos.
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