O ator norte-americano Wilford Brimley morreu neste sábado, 01, aos 85 anos. Em entrevista ao jornal The New York Times, sua agente, Lynda Bensky, disse que ele vinha sofrendo com um problema crônico de rins há cerca de dois meses, por conta do qual estava internado numa unidade de tratamento intensivo em Utah, nos Estados Unidos, sua cidade natal. As primeiras participações de Wilford no cinema aconteceram nos anos 1950, como figurante e/ou dublê em faroestes. Além de ator, foi um talentoso cantor de jazz que gravou vários álbuns e uma figura conhecida em comerciais televisivos norte-americanos que popularizam o seu indefectível “bigode de morsa”. Talvez para o grande público o seu papel mais marcante tenha sido um dos idosos abduzidos em Cocoon (1985). Curiosamente, ele tinha apenas 51 anos quando rodou o filme de Ron Howard. A crítica Pauline Kael, uma das mais respeitadas da época nos EUA, escreveu na época do lançamento do filme: “Wilford Brimley, com seu bigode de morsa e barriga amigável, traz uma insolência impudente ao seu papel”.
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Wilford Brimley trazia um toque bonachão até para personagens relativamente pequenos. Além de vários papeis televisivos, ele atuou ao lado de Tom Cruise em A Firma (1993), no qual interpretou um oficial de segurança de um escritório de advocacia. Também teve presenças marcantes em The Natural (1984), no qual contracenou com Robert Redford, Glenn Close e Robert Duvall, e no longa O Enigma do Outro Mundo (1982), dirigido por John Carpenter. Fora do cinema e da televisão, ele era um polêmico criador de gado e defensor da realização de rinhas de galo. Wilford chegou a fazer campanhas no Arizona e no Novo México a favor da prática. Além disso, pagou do próprio bolso anúncios comerciais para que a cidade de Utah permitisse corridas de cavalos. “Olha, gosto muito de pessoas. Não sou muito bom com elas, mas isso não significa que não goste delas. Eu gosto delas. Como nós, atores, estamos na tela grande e tantas pessoas nos veem, nos tornamos familiares. As pessoas falam conosco como se conhecessem todas as nossas vidas. Isso me faz cócegas até a morte”, disse ele certa vez numa entrevista.
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