Antes da cerimônia do Globo de Ouro 2019, que aconteceu na noite deste domingo, 6, dizia-se nos corredores da associação de imprensa estrangeira de Hollywood que a entrega dos troféus deveria ser marcada pela descontração, sem discursos políticos inflamados, portanto, diferentemente da edição passada, na qual o #MeToo foi a vedete. Todavia, as reivindicações por diversidade ganharam os holofotes em vários momentos da festividade deste ano. Regina King, vencedora do Globo de Melhor Atriz Coadjuvante por Se a Rua Beale Falasse (2018), prometeu que insistirá para que as equipes de seus projetos futuros contem com, pelo menos, um contingente de 50% de mulheres. Além de atriz, ela é uma ativa produtora e diretora.
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Patrícia Arquette, que venceu a estatueta de Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme por Escape at Dannemora, pediu igualdade salarial entre homens e mulheres. No seu discurso, colocou a pauta como uma questão de direitos civis, dizendo, ainda, que cada vez mais mulheres estão desempenhando o papel de chefes familiares. Já a veterana Glenn Close, vencedora do Globo de Melhor Atriz em Drama por A Esposa (2018), enfatizou nos bastidores a mudança de paradigmas deflagrada pela ascensão de novas plataformas, especialmente no que diz respeito à inclusão de comunidades antes marginalizadas, como as mulheres com mais de 40 anos:
“Essa é a vantagem de todos os lugares onde essas histórias maravilhosas estão sendo contadas agora. As mulheres estão assumindo o controle e iniciando empresas de produção, alimentando tramas que lhes darão bons papéis. Realmente anseio pelo dia em que não haverá um ‘filme de mulher’, mas apenas um ‘bom filme’”.