Um recente estudo da Escola Annenberg de Comunicação e Jornalismo da Universidade do Sul da Califórnia (USC) apontou que em 2018 houve bem mais lugar de protagonismo para mulheres e pessoas não brancas nos grandes filmes hollywoodianos do que em qualquer outro ano anterior. Esse resultado sugere que a indústria norte-americana do cinema respondeu às críticas anteriormente direcionadas a ela acerca da pouca diversidade nas telonas. Trinta e nove dos 100 filmes de maior bilheteria do ano passado apresentaram protagonismo ou co-protagonismo feminino – número superior aos 33 de 2017 e aos 20 de 2007, quando a pesquisa começou a ser feita.
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Vinte e sete dos filmes da amostragem tiveram protagonismo não branco (11 deles liderados por mulheres), levemente superior aos dos 21 filmes de 2017 ( quando quatro foram capitaneados por elas). “A boa notícia é que as empresas estão se esforçando para ser inclusivas. Estamos vendo um movimento efetivo nesse sentido. É claro que sempre queremos que tudo isso seja mais rápido, mas todo o ativismo e barulho parece estar produzindo resultados. Os estúdios estão reconhecendo que tudo o que cria um mito sobre quem pode liderar ou realizar um filme era exatamente isto: um mito”, disse Stacy L Smith, diretora da USC Annenberg Inclusion Initiative.
Já quanto a outras minorias (no que tange ao acesso privilegiado ao poder) houve menos progresso. Apenas 1,3% dos protagonistas dos 100 maiores sucessos de bilheteria de 2018 são LGBTQ e nenhum transexual. Apenas 2% dos personagens têm uma deficiência. O estudo também apontou uma idade média de protagonismo: 44 anos. Vinte e quatro dos 100 filmes são liderados por homens nessa faixa etária e 11 por mulheres também na casa dos 40 anos.
(Fonte: USC Annenberg Inclusion Initiative)