Esta é especialmente para os que ignoram a importância do audiovisual à economia brasileira. Um estudo publicado recentemente pela Ancine, a Agência Nacional do Cinema, mostra a geração de quase R$ 30 bilhões anuais, entre os anos de 2014 e 2018, pelo setor audiovisual brazuca. O gráfico (que pode ser conferido no final desta matéria) apresenta de modo bastante claro o crescendo da curva de relevância econômica da área, algo vital como baliza para a formulação de políticas públicas de incentivo e/ou instrumento de comparação com mercados similares. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o valor adicionado “refere-se ao valor que a atividade acrescenta aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo”. Mesmo com variações de arrecadação, tendo como referência o ano de 2018, o audiovisual ocupa a quinta posição no ranking das atividades economicamente mais relevantes do país, superando assim as indústrias farmacêutica, têxtil e de equipamentos eletrônicos.
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Os dados do estudo publicado no Observatório do Cinema e do Audiovisual, e que pode ser conferido na íntegra aqui, mostra um crescimento sensível do VoD, os Vídeos por Demanda, especialmente entre 2017 e 2018. Num sentido oposto, há a queda dos mercados de TV aberta e fechada. A classe do audiovisual vem cobrando do atual governo federal uma maior atenção a esse setor que, agora à luz dos dados oficiais, obviamente precisa ser privilegiado, além de sua enorme validade cultural, em virtude da importância adquirida dentro de um painel macroeconômico.