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Recentemente, a minissérie Loki (2021) mostrou um acontecimento importante do ponto de vista da ampliação da representatividade no Universo Marvel. O protagonista interpretado por Tom Hiddleston revelou sua bissexualidade numa conversa com sua algoz/aliada. E, de acordo com a vice-presidente executiva de produção cinematográfica da Marvel Studio, Victoria Alonso, isso é apenas o começo. Numa entrevista dada à revista norte-americana Variety, ela tocou no assunto: “Leva tempo para chegarmos ao ideal, temos tantas histórias para contar. Estamos apenas começando a mostrar ao mundo essas pessoas, quem são esses personagens … Há muitas coisas que surgirá em breve (em termos de personagens LGBTQIA+) para representar o mundo de hoje. Não vamos acertar no primeiro, no segundo ou no terceiro filme, tampouco no primeiro ou segundo programa, mas faremos o nosso melhor para tentar ampliar essa representação consistentemente”.

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Alonso ainda comentou sobre a decisão de mostrar Loki como bissexual: “Tenho de ser honesta, não foi uma grande discussão. É o que convém ao personagem. Não fazemos isso para ser politicamente corretos. É o que é. Não se esqueça de que acompanhamos os quadrinhos. Tentamos ser fieis aos quadrinhos. E neles Loki é assim”. Vale lembrar que Eternos (2021), cuja estreia está programada para acontecer ainda neste ano, vai mostrar o primeiro casal abertamente gay do Universo Marvel, cujos papeis serão interpretados por Haaz Steiman e Brian Tyree Henry. Claro que isso não tem agradado uma parcela menos progressista das sociedades, como na Rússia, nação que não coíbe a homofobia, pelo contrário. Vitaly Milonov, vice da Duma Estatal, chegou a pleitear que Eternos não seja exibido no país por ser destinado a “pessoas doentes e pervertidas”. Ah, numa boa: cala a boca, Vitaly!

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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