Fada Santoro, estrela do cinema brasileiro das décadas de 1940 e 1950, morre aos 100 anos

Fada Santoro,  uma das estrelas do cinema brasileiro entre os anos 1930 e 1950, morreu no último domingo, 15, em sua casa no bairro do Leme, no Rio de Janeiro, aos 100 anos de idade. Fazia uma semana que ela havia ganhado alta de uma internação hospitalar por conta da COVID-19. Nascida Mafalda Santoro, em agosto de 1924, na Cidade Maravilhosa, ela começou muito jovem a sua carreira artística, atuando como dançarina na Companhia de Alda Garrido. Depois foi crooner em cassinos, época na qual se aproximou ainda mais da vida artística.

Fada Santoro começou a sua carreira nas telonas no fim dos anos 1930. Seu primeiro filme foi Samba da Vida (1937). Na mesma década participou ainda de Maridinho de Luxo (1938).

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FADA SANTORO: OS PRINCIPAIS FILMES

O grande papel de Fada Santoro nos anos 1940 foi em A Estrava Isaura (1949), no qual interpretou a protagonista que dá nome ao filme. Nessa produção iniciou uma fama de par ideal de um dos principais galãs da época: Cyll Farney. Mais tarde, a atriz integrou os elencos de O Pecado de Nina (1950), Barnabé Tu És Meu (1952), Areias Ardentes (1952), Agulha no Palheiro (1953), Nem Sansão Nem Dalila (1954), Os Sobrinhos do Capitão (1956) e Boca de Ouro (1957).

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Fada Santoro também teve uma trajetória teatral paralela à cinematográfica e é considerada uma das pioneiras da TV brasileira. Nos anos 1960, ela decidiu abandonar a carreira artística depois de se casar com o polonês Michael Krymchantowski. A partir disso, teve uma vida discreta e era avessa a entrevistas. Seu último trabalho foi na novela A Rainha Louca (1967).

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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