Festival de Berlim 2020 :: Filme brasileiro está entre os primeiros premiados

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Robledo Milani

A Berlinale 2020 termina só no próximo domingo, mas os primeiros troféus já foram entregues. Nessa sexta, 28, saíram os vencedores da mostra Generation 14plus, e tem boa notícia para o cinema brasileiro: Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza, ganhou o Grande Prêmio do Júri Internacional. A menção especial foi para o japonês Kaze no Denwa (Voices in the Wind), de Nobuhiro Suwa, enquanto que o curta escolhido foi o marroquino Clebs (Mutts), de Halima Ouardiri. A menção especial entre os curtas foi para o iraniano White Winged House, de Mahyar Mandegar.

O júri internacional da mostra Generation 14 plus é formado por Abbas Amini, Jenna Bass e Rima Das, e concedeu um prêmio de 7.500 euros, oferecido pela Agência Federal para a Educação Civil da Alemanha. Sobre a escolha do longa brasileiro, foi divulgada a seguinte justificativa:

Fomos unânimes na escolha do nosso filme vencedor, uma fatia de liberdade generosa e abrangente, repleta de belas amizades, música, movimento e solidariedade em ação. Era impossível não ser conquistada pela protagonista e sua comunidade, e impossível esquecer o clímax glorioso e cheio de poder deste filme. Aqui está a prova de que a vida pode não nos proporcionar milagres, mas podemos superar todos os obstáculos se seguirmos nossa paixão”.

O Urso de Cristal de Melhor Filme da mostra Generation 14plus, concedido pelo Júri Jovem – formado por Julina Jung, Ion Kebernik, Shahida Kitzov, Lucia Maluga, Rocco Melhose, Mette Maren Schmahl e Rita Stelling – foi para o francês Notre-Dame du Nil (Our Lady of the Nile), de Atiq Rahimi. Confira a seguir a lista completa com todos os premiados:

Equipe do filme Meu Nome é Bagdá na Berlinale 2020

JÚRI JOVEM

  • Urso de Cristal de Melhor Filme: Notre-Dame du Nil, de Atiq Rahimi (França / Bélgica / Ruanda)
  • Menção Especial: White Riot, de Rubika Shah (Reino Unido)
  • Urso de Cristal de Melhor Curta-metragem: Clebs, de Halima Ouardiri (Canadá / Marrocos)
  • Menção Especial: Goodbye Golovin, de Mathieu Grimard (Canadá)

 

JÚRI INTERNACIONAL

  • Melhor Filme: Meu Nome é Bagdá, de Caru Alves de Souza (Brasil)
  • Menção Especial: Kaze no Denwa, de Nobuhiro Suwa (Japão)
  • Melhor Curta-metragem: Clebs, de Halima Ouardiri (Canadá / Marrocos)
  • Menção Especial: White Winged Horse, de Mahyar Mandegar (Irã)

(Com informações da Berlinale.de)

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.

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