O Festival de Cannes fez uma escolha interessante para a sua 73ª edição: convidou Spike Lee, diretor de posicionamentos fortes e sem papas na língua, para presidir o júri. A presença de Lee, defensor dos direitos civis e da representatividade negra, à frente da escolha dos prêmios pode significar uma edição politizada e provocadora – dando continuidade a 2019, quando as alegorias sociais de Parasita, Atlantique e Bacurau foram recompensadas.
O norte-americano possui longo histórico com o festival francês. Ele já teve sete filmes selecionados em Cannes, desde o primeiro longa-metragem da carreira, Ela Quer Tudo (1986), seguido por Faça a Coisa Certa (1989) na competição oficial, e então Febre da Selva (1991), Garota 6 (1996), O Verão de Sam (1999), Ten Minutes Older (2002) e enfim Infiltrado na Klan (2018), pelo qual venceu o Grande Prêmio do Júri.
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Lee divulgou uma carta agradecendo os organizadores pelo convite. Ele destaca, entre outros: “Pessoalmente, o Festival de Cannes (além de ser o maior festival de cinema do mundo – sem querer ofender ninguém) teve um impacto enorme na minha carreira de cineasta. Eu poderia mesmo dizer que Cannes moldou a minha trajetória no cinema mundial”.
O cineasta completa: “Eu tenho a honra de ser a primeira pessoa da diáspora africana (nos Estados Unidos) a presidir o júri de Cannes e de um grande festival”. Os demais membros do júri serão revelados no meio de abril. A 73ª edição ocorre entre os dias 12 e 23 de maio.
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