Além de todos os perrengues de 2020, para o mundo cinematográfico ele foi um ano atípico em virtude da não realização do Festival de Cannes, um dos mais importantes do circuito de arte (e também essencial ao mercado). Os organizadores anunciaram a seleção, os filmes contemplados ganharam o importante selo com a Palma de Ouro, mas não teve evento, nem presencial, sequer online. Mesmo com as vacinas contra a Covid-19 começando a circular mundo afora em 2021, os responsáveis pelo certame que acontece anualmente na França já estão pensando na possibilidade de adiá-lo, a fim de que haja a possibilidade de uma realização presencial ou ao menos semipresencial. As informações são da France24. O veículo afirma que alguns funcionários do Festival de Cannes disseram que há um estudo de adiamento de maio para o final de junho, início de julho.
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Vale lembrar que o Festival de Berlim, outro importante integrante dos festivais de cinema do circuito europeu, já anunciou que terá uma edição online em 2021 – para mais informações sobre isso, veja na notícia relacionada acima. De todo modo, independentemente da velocidade de vacinação, é difícil imaginar que Cannes consiga acontecer efetivamente em maio. Um dado importante (e alarmante) é que, de acordo com uma pesquisa recente Instituto Odoxa para o jornal Le Figaro, 58% dos franceses não pretendem tomar a vacina contra a Covid-19. O negacionismo interno pode, inclusive, levar a sanções de membros das equipes de filmes estrangeiros eventualmente selecionados para uma edição presencial em Cannes. A acompanhar cenas dos próximos capítulos.