O Festival de Cannes 2021 tem demonstrado o quanto o resto do mundo presta atenção à situação política, econômica e sanitária no Brasil. Além dos potentes discursos efetuados por artistas brasileiros (incluindo Kleber Mendonça Filho e Karim Aïnouz), artistas internacionais se pronunciaram com preocupação sobre os rumos no país. Spike Lee chamou Jair Bolsonaro de “gângster”, e agora foi a vez de Sean Penn voltar o foco ao Brasil.
Falando sobre a Covid-19, ele disparou seus principais ataques ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: “Nós, como país e como mundo, fomos negligenciados, enganados, sofremos ataques à verdade e à razão sob o que foi, em todos os sentidos, uma administração obscena, política e humanamente. A sensação era a de que alguém estava metralhando e dizimando as comunidades mais carentes do alto de uma torre na Casa Branca”.
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No entanto, expandiu o discurso: “A situação nos lugares em que minha organização trabalha hoje, Brasil, Índia, é de tanto desespero. Nós estamos em uma situação muito mais favorável aqui [na França]“, segundo transcrição da Folha de São Paulo. Ele faz menção à ONG Core (Community Organized Relief Effort), que reuniu fundos para diversos países em dificuldade no combate à pandemia. O Brasil recebeu US$ 52,6 milhões da organização, utilizados para a compra de medicamentos e equipamentos hospitalares no Rio de Janeiro.
No Festival de Cannes 2021, Sean Penn apresenta seu novo filme como diretor: Flag Day (2021), drama sobre um pai de família que efetua contrabandos, roubos e assassinatos para dar boas condições de vida à filha. O cineasta atua no papel principal ao lado da filha Dylan Penn. Josh Brolin, Eddie Marsan e Katheryn Winnick completam o elenco.
