O mais popular festival de cinema do globo já possui o favorito do ano. Em sua 77ª edição, o Festival de Cannes condecorou Anora com a Palma de Ouro (mostra principal) do evento. Dirigido por Sean Baker – o mesmo de títulos como Tangerina (2015) e Projeto Flórida (2017) – o filme segue a jornada de Ani (Mikey Madison), uma stripper que acaba se casando com o jovem herdeiro de um oligarca russo (Mark Eydelshteyn), em Las Vegas, EUA. Ao receber a Palma, Baker dedicou o troféu a “todas as trabalhadoras do sexo do passado, presente e futuro”. Ainda não há previsão de estreia do longa no Brasil. Na disputa, não custa ressaltar, Baker teve de superar grandes nomes do cinema mundial, como Jia Zhangke, Yorgos Lanthimos, Francis Ford Coppola, Paolo Sorrentino, Paul Schrader, David Cronenberg e Karim Aïnouz.
E, como de costume em Cannes, a decisão foi alvo de críticas. Presidente do Júri Oficial em 2024, Greta Gerwig foi referida como “benfeitora” da própria indústria ao premiar o filme estadunidense, visto que tanto ela quanto Baker atuam, majoritariamente, em Hollywood. Por outro lado, vale lembrar, Anora foi avaliado positivamente pela maioria dos críticos presentes no festival. Sendo assim, não parece grande surpresa ter ficado com a honraria. Além de Greta, Ebru Ceylan, Lily Gladstone, Eva Green, Nadine Labaki, Juan Antonio Bayona, Pierfrancesco Favino, Hirokazu Koreeda e Omar Sy integraram o júri.
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O Festival de Cannes 2024 aconteceu entre 14 e 25 de maio. A seguir, fique com a lista de vencedores.
PALMA DE OURO (MELHOR FILME): Anora, de Sean Baker
GRANDE PRÊMIO DO FESTIVAL: All We Imagine As Light, de Payal Kapadia
PRÊMIO DO JÚRI: Emilia Pérez, de Jacques Audiard
MELHOR DIREÇÃO: Miguel Gomes, por Grand Tour
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: The Seed Of The Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof
MELHOR ATOR: Jesse Plemons, por Kinds of Kindness
MELHOR ATRIZ: Adriana Paz, Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascón, Selena Gomez, por Emilia Pérez
MELHOR ROTEIRO: The Substance, de Coralie Fargeat
GOLDEN CAMERA (FILME DE ESTREIA): Armand, de Halfdan Ullmann Tøndel
GOLDEN CAMERA (MENÇÃO ESPECIAL): Mongrel, de Wei Liang Chiang e You Qiao Yin
PALMA DE OURO (MELHOR CURTA-METRAGEM): The Man Who Could Not Remain Silent, de Nebojša Slijepcevic
CINEFONDATION: Sunflowers Were the First Ones to Know…, de Chidananda S Naik
UM CERTO OLHAR (MELHOR FILME): Black Dog, de Hu Guan
UM CERTO OLHAR (MENÇÃO ESPECIAL): Norah, de Tawfik Alzaidi
UM CERTO OLHAR (TROFÉU DO JÚRI): L’histoire de Souleymane, de Boris Lojkine
UM CERTO OLHAR (MELHOR ATOR): Abou Sangare, por L’histoire de Souleymane
UM CERTO OLHAR (MELHOR ATRIZ): Anasuya Sengupta, por The Shameless
UM CERTO OLHAR (TROFÉU JUVENTUDE): Vingt Dieux, de Louise Courvoisier
TROFÉU SACD: Julie Keeps Quiet, de Leonardo Van Dijl e Ruth Becquart
TROFÉU CANAL+: Noksan, de Cem Demirer
TROFÉU GOLDEN COACH: Andrea Arnold, por Bird
TROFÉU LABEL EUROPA CINEMAS: Volveréis, de Jonás Trueba
TROFÉU CHOPARD (REVELAÇÃO MASCULINA): Sophie Wilde
TROFÉU CHOPARD (REVELAÇÃO FEMININA): Mike Faist
TROFÉU GAN FOUNDATION: Julie Keeps Quiet, de Leonardo Van Dijl
PALMA CANINA: Le procès du chien, de Kodi
PALMA QUEER: Three Kilometres to the End of the World, de Emanuel Parvu
PALMA QUEER (CURTA-METRAGEM): Las novias del sur, de Elena López Riera
OLHO DOURADO: Ernest Cole: Lost and Found, de Raoul Peck
TROFÉU SACD: Sophie Fillières, por Ma vie ma gueule
SEMANA DA CRÍTICA (GRANDE PRÊMIO): Simón de la montaña, de Federico Luis
TROFÉU NEXT STEP (SEMANA DA CRÍTICA): A Girl Unknown, de Jing Zou
TROFÉU TOQUE FANCÊS (SEMANA DA CRÍTICA): Blue Sun Palace, de Constance Tsang
TROFÉU LOUIS ROEDERER FOUNDATION (ESTRELA EM ASCENSÃO): Ricardo Teodoro, por Baby
TROFÉU LEITZ CINE DISCOVERY: Montsouris, de Guil Sela
MELHOR TRABALHO IMERSIVO: Colored Tania de Montaigne, de Stéphane Foenkinos e Pierre-Alain Giraud
QUINZENA DOS REALIZADORES (JÚRI POPULAR): Universal Language, de Matthew Rankin
