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06 dez

O Festival de Cinema Italiano, que recentemente teve encerrada a sua edição 2022, é uma das principais portas de entrada dos filmes italianos no Brasil, uma verdadeira vitrine por meio da qual podemos enxergar o que de melhor se faz no país europeu, bem como revisitar os clássicos de uma das cinematografias mais tradicionais do mundo. Durante o evento deste ano foi anunciada uma iniciativa para fomentar a chegada de exemplares italianos às nossas telonas. Roberto Stabile, responsável pelas relações internacionais da Anica (Associação Italiana das Indústrias Cinematográficas), anunciou o plano de subsídio a distribuição num encontro que aconteceu na cidade de São Paulo. Ele apresentou para distribuidores, produtores e jornalistas, a Italian Screen, promoção do Ministério do Exterior Italiano e da Cooperação Internacional (MAECI) e da Cinecittá, um importante complexo de estúdios italianos.

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Cena de “Seca”

“Já ouvi de muitos distribuidores brasileiros que eles gostam dos filmes italianos, mas que dão prioridade a lançamentos franceses porque o governo francês lhes dá subsídios para isso. Não temos mais nomes grandiosos como [o do diretor Federico] Fellini ou [do ator Marcello] Mastroianni, mas a atual produção cinematográfica italiana é riquíssima. Daqui alguns anos, nomes como [os dos diretores] Paolo Sorrentino e Matteo Garrone também serão muito celebrados como grandes do nosso cinema”, afirmou Stabile.

O Italian Screen funciona a partir de alguns parâmetros. O plano de fomento à distribuição ou coproduções com a Itália cobre 30% dos custos de lançamento, comunicação e promoção do filme com teto de 30 mil euros, desde que a produção em questão tenha o mínimo de seis exibições em salas de cinema durante pelo menos uma semana. Para saber melhor como funciona essa iniciativa, clique aqui. Durante a ocasião em que o Italian Screen foi apresentado, os  responsáveis pelo Festival de Cinema Italiano se colocaram à disposição para assessorar os distribuidores brasileiros interessados, desde a preparação da documentação necessária até a prestação de contas final.

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Cena de “Nostalgia”
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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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