Entre os dias 2 e 6 de junho, o Festival de Roterdã, um dos mais prestigiosos eventos mundiais dedicados ao cinema independente, inicia a segunda parte de sua seleção 2021. Na primeira etapa, entre 1 e 7 de fevereiro, o Brasil foi representado pelos filmes Carro Rei (2021), de Renata Pinheiro, e Madalena (2021), de Madiano Marcheti.
Nesta segunda etapa, o cinema brasileiro conta com mais cinco representantes, sendo três longas-metragens, e dois curtas-metragens. O diretor Júlio Bressane apresenta seu novo projeto, Capitu e o Capítulo (2021), estrelado por Mariana Ximenes, Vladimir Brichta e Enrique Diaz. A trama já foi definida pelo autor como “uma distorção de Dom Casmurro”, de Machado de Assis.
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Dentro da mesma competição, intitulada Harbour, Sérgio Borges e Helvécio Marins Jr. trazem Lutar, Lutar, Lutar (2021). Com o subtítulo “A história do Galo de 1908 até a Copa de todas as Copas”, o documentário faz uma retrospectiva do percurso do Atlético Mineiro, com foco na rivalidade contra o Flamengo em 1980 e 1981. O projeto foi filmado em 2014, porém concluído recentemente.
Em paralelo, a diretora Thaís Fujinaga exibe na competição Bright Future, destinada a novos talentos do cinema, seu primeiro longa-metragem, A Felicidade das Coisas (2021). O drama aborda o dilema de uma mulher grávida, atravessando uma crise financeira durante um período caótico de férias de verão. Patricia Saravy interpreta o papel principal, contracenando com Magali Biff.
Entre os curtas-metragens, foram selecionados Riff-Raff (2020), de Mariah Teixeira e Nanda Félix, crônica de uma sociedade “onde todos estão cansados e ninguém se sente seguro”, de acordo com a sinopse oficial, além de Veronica (2020), de Talita Caselato, um retrato da gentrificação em São Paulo pelos olhos da artista e ativista Veronica Oliveira.