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O Festival de Sundance divulgou os filmes escolhidos para a sua próxima edição, que ocorre entre os dias 28 de janeiro e 03 de fevereiro de 2021. Em meio à segunda onda de contaminação por Covid-19 nos Estados Unidos, os produtores optaram pelo formato híbrido: as exibições ocorrerão em cinemas selecionados, com capacidade reduzida, além de uma plataforma online criada especialmente para a ocasião. Todos os filmes estarão disponíveis via Internet nos Estados Unidos, porém apenas alguns deles serão exibidos online a espectadores de outros países.

Entre os destaques da competição norte-americana se encontram os filmes de estreia de Rebecca Hall e de Robin Wright como diretoras. A primeira realiza Passing (2021), um drama racial situado no bairro de Harlem dos anos 1920, estrelado por Tessa Thompson e Ruth Negga. Já a segunda dirige a si mesma em Land (2021), drama sobre uma advogada cansada da rotina, decidindo se isolar da civilização e viver em meio à natureza. Para a diretora do evento, Thabita Jackson, o foco neste momento de crise para o cinema se encontra no destaque a novos talentos. Por isso, Sundance vai trazer um número expressivo de cineastas iniciantes.

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A Nuvem Rosa

 

Os brasileiros têm motivos para comemorar. Entre os longas-metragens, o país será representado por A Nuvem Rosa (2020), de Iuli Gerbase, drama de ficção científica que evoca a pandemia de Covid-19. Na trama, dois jovens acabam de se conhecer quando uma nuvem perigosa toma conta dos céus e força as pessoas a permanecerem em quarentena, relacionando-se com o mundo exterior apenas por telas. Soa familiar? Aos poucos, o casal recente formado por Giovana e Yago vai se desgastando.

Na seleção de curtas-metragens, o Brasil está presente com Inabitável (2020), de Matheus Farias e Enock Carvalho. A história acompanha uma mulher percorrendo a comunidade onde mora em busca da filha, uma jovem transexual desaparecida. Pelo caminho, encontra formas distintas de violência. Com brilhante atuação de Luciana Souza, o curta já tinha se destacado nos maiores festivais de cinema brasileiros, como Gramado, Cine Ceará, Olhar de Cinema e Mix Brasil.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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