Festival de Toronto 2019 :: Sátira do nazismo, Jojo Rabbit vence o evento

Neste domingo, 15, Jojo Rabbit (2019), filme dirigido pelo cineasta neozelandês Taika Waititi (Thor: Ragnarok, 2017), venceu o Festival de Toronto. Diferentemente de outros eventos cinematográficos, nos quais a decisão do prêmio principal é feita por um júri especializado, no certame canadense quem confere a láurea máxima, o Toronto People’s Choice Award, é o público. O longa vencedor conta a história de um membro da juventude Hitlerista. Ele descobre que sua mãe, vivida por Scarlett Johansson, está escondendo uma menina judia no sótão de sua casa. O menino tem como amigo imaginário o próprio Adolf Hitler (Waititi). Controvérsia é pouco, não?

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Para se ter uma ideia de como o Festival de Toronto é importante enquanto termômetro da posterior temporada de prêmios, os últimos sete vencedores do Toronto People’s Choice Award foram indicados ao Oscar de Melhor Filme. Destes, dois venceram, vide o que aconteceu neste ano com Green Book: O Guia (2019), ganhador de Toronto em 2018. Até por conta do prestígio da programação – o festival é o maior da América do Norte, em 2019 apresentando mais de 300 filmes de 84 países –, imagina-se que a Fox, produtora do filme, já esteja pensando numa pesada campanha para Jojo Rabbit figurar entre os postulantes ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Confira abaixo todos os vencedores do Festival de Toronto 2019:

 

MELHOR FILME
Jojo Rabbit, de Taika Waititi

MELHOR DOCUMENTÁRIO
The Cave, de Feras Fayyad

PRÊMIO MOSTRA MIDNIGHT MADNESS
El hoyo, de Galder Gaztelu-Urrutia

PRÊMIO TORONTO PLATFORM – Melhor Filme:
Martin Eden, de Pietro Marcello 
Menção Honrosa: Anne at 13,000 ft, de Kazik Radwanski, e Proxima, de Alice Winocour

MELHOR FILME CANADENSE
Antigone, de Sophie Deraspe
Menção Especial: The Body Remembers When the World Broke Open, de Elle-Máijá Tailfeathers e Kathleen Hepburn

MELHOR FILME CANADENSE DE ESTREIA
The 20th Century, de Matthew Rankin

MELHOR CURTA-METRAGEM CANADENSE
Delphine, de Chloé Robichaud
Menção Especial: The Physics of Sorrow, de Theodore Ushev

MELHOR CURTA-METRAGEM INTERNACIONAL
All Cats Are Grey in the Dark, de Lasse Linder
Menção Especial: La Siesta, de Federico Luis Tachella

PRÊMIO FIPRESCI – Special Presentations
How to Build a Girl, de Coky Giedroyc

PRÊMIO FIPRESCI – Discovery Programme
Murmur, de Heather Young

PRÊMIO NETPAC
1982, de Oualid Mouaness