Aos poucos, o calendário de festivais internacionais de cinema começa a se definir em meio à pandemia de coronavírus. Embora alguns festivais tenham sido cancelados (Roterdã, Karlovy Vary), outros tenham encontrado formatos mistos com sessões virtuais (Toronto) e alguns tenham decidido exibir seus filmes dentro de outros festivais (caso de Cannes), Veneza pretende manter sua edição 2020 em moldes tradicionais.
Isso significa que o evento italiano deve se tornar o primeiro festival em formato presencial (ou seja, com exibições em sala de cinema, além de debates, conferências etc.) pós-quarentena. A confirmação vem de Luca Zaia, governador da região de Veneto, que promete a manutenção das datas anunciadas inicialmente, entre 2 e 12 de setembro.
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Mesmo assim, o festival de Veneza deve exibir menos filmes este ano devido à interrupção das filmagens desde o mês de março, e à dificuldade de conclusão para obras em pós-produção. Os italianos pretendem, junto de Cannes, se tornarem “o marco do retorno dos filmes na sala de cinema”, conforme descrito por Pierre Lescure, presidente de Cannes, e reportado pelo Deadline.
A Itália, um dos países mais gravemente afetados pela Covid-19, retomou as atividades pós-quarentena na última semana, ainda que de maneira gradual. Os cinemas estarão abertos para funcionamento normal a partir de 15 de junho.