Filme com Will Smith se torna o mais caro já adquirido em festivais de cinema

Will Smith, um dos atores que mais coleciona projetos de sucesso (Os Bad Boys, 1995, Independence Day, 1996, MIB: Homens de Preto, 1997, Ali, 2001, Eu, Robô, 2004, À Procura da Felicidade, 2006, Eu Sou a Lenda, 2007, Hancock, 2008 etc.) tem mais um blockbuster em mãos. Pelo menos, essa é a aposta dos grandes estúdios que comparecerem ao Mercado Virtual do Festival de Cannes 2020.

O evento, destinado a encontrar financiadores para novos projetos e distribuidores para filmes concluídos, registrou a maior venda de todos os tempos para um filme negociado em festivais de cinema. Trata-se de Emancipation, dirigido por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento, 2001). O projeto de suspense e ação, baseado em fatos, gira em torno de um escravo em fuga (Smith) que consegue fugir de caçadores de recompensas rumo ao norte do país, onde se alista no Exército da União.

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Sete grandes estúdios participaram do leilão, que quebrou rapidamente o recorde anterior, de US$ 75 milhões, até a disputa se concentrar entre a Warner Bros e a Apple. No final, esta última venceu a disputa ao investir US$ 105 milhões na aquisição dos direitos. Incluindo as taxas habituais da negociação, o valor final ficará em torno de US$ 120 milhões. A Apple pretende lançar o filme nos cinemas antes de exibi-lo na plataforma Apple TV+.

O projeto estava em desenvolvimento há dois anos, apoiado em estudos e fotos reais de “Whipped Peter”, escravo conhecido pelas costas cobertas de cicatrizes decorrentes de tortura. Quando fugiu da fazenda onde era mantido escravo, esfregou cebola no próprio corpo para disfarçar o cheiro dos animais caçadores, enquanto sobreviveu descalço e sem comida durante dez dias nos pântanos de Louisiana até encontrar nova vida no norte dos Estados Unidos.

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Bruno Carmelo

Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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