Quinta-feira. Você já sabe, né? É dia de produções de gabarito chegando ao catálogo da Filme Filme. Como de costume, os exemplares que começam a ser disponibilizados hoje são das seções Festivais, Documentários e Populares, assim atentando para a diversidade do cinema mundial. Mas, desta vez, há uma novidade. O longa-metragem que entrou em Festivais foi escolhido pelo voto do público nas redes sociais da Filme Filme. Estavam no páreo o sul-coreano Em Chamas (2018), por muitos considerado uma obra-prima, e Fim de Festa (2019), o não menos elogiado mais recente filme do cineasta pernambucano Hilton Lacerda. Abaixo você fica sabendo qual dos dois venceu (apertado) a peleja. Em Documentários, a ode a uma verdadeira lenda viva da música brasileira. Já em Populares, o longa-metragem de horror de uma dupla de cineastas paulistanos, com direito a lobisomem e lua cheia transformadora. Vai perder? Confira abaixo os filmes que chegam a partir de hoje ao catálogo da Filme Filme.
Em Chamas, de Lee Chang-dong
Festival de Cannes 2018: premiado com o Troféu FIPRESCI e Troféu Vulcão; 24º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro: indicado a Melhor Filme Estrangeiro.
“Todas essas camadas de complexidade expostas na primeira parte do longa são emolduradas por um lirismo estético marcado pelas imagens crepusculares – o pôr do sol é motivo recorrente, como na belíssima sequência em que Haemi dança seminua no quintal da casa de Jongsu – e que se mantém, ainda que em chave levemente mais sombria, a partir da virada narrativa, quando Ben revela ao protagonista seu peculiar hobby. Tal revelação, bem como a ausência de Haemi, desperta o comportamento obsessivo de Jongsu, que passa a tentar solucionar o quebra-cabeça com as pequenas pistas deixadas por Ben e com suas próprias suposições”. Confira a nossa crítica na íntegra.
Jorge Mautner: O Filho do Holocausto, de Heitor D’Alincourt, Pedro Bial
40º Festival de Gramado: prêmios de Melhor Roteiro, Fotografia e Montagem; 16º Cine PE: prêmio Especial do Júri.
“Sem dúvida o ponto alto é o encontro afetivo entre o artista e sua filha, Amora Mautner. A mulher reclama de seu nome (feminino de amor), causador de muitos infortúnios, sobretudo na época da escola e lembra passagens constrangedoras como a nudez constante dos pais e a vestimenta inusitada com a qual a buscavam na escola, porém sem esconder o orgulho de ser filha de quem é. Jorge Mautner apenas ri, concorda e, eventualmente, complementa, sempre com o olhar terno rebatido na mesma medida por Amora (…) O filme oferece um recorte ilustrador desse artista crente na profundidade eterna da alegria. Alguém que diz “ou o mundo se brasilifica ou vira nazista”, é ou não um tipo para lá de interessante? Confira a nossa crítica na íntegra.
As Boas Maneiras, de Juliana Rojas, Marco Dutra
24º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro: premiado como Melhor Efeitos Especiais, Direção de Arte, Som, Montagem, Fotografia e Atriz Coadjuvante (Marjorie Estiano). Indicado a Melhor Filme, Direção, Atriz (Isabel Zuaa), Figurino, Maquiagem, Roteiro Original, Som e Trilha Sonora.
“A delineação do ambiente terrífico é esmerada, com a utilização expressiva de sons e iluminação. Antes do filme deflagrar, de fato, a existência de algo extraordinário e ameaçador na mesma medida, essa atmosfera já cria apreensão. O envolvimento amoroso/sexual entre patroa e contratada é apenas uma etapa antes que o sangue e o perigo inapelavelmente passem a guiar a trama. A lua cheia estilizada no céu de São Paulo é, ao mesmo tempo, elemento potencialmente ligado ao mistério que circunda a gravidez e homenagem franca dos realizadores a obras basilares que, certamente, serviram de inspiração. O sobrenatural se insere aos poucos, organicamente. Dentro desse itinerário bastante singular, o medo irrompe, tornando-se logo menos implícito”. Confira a nossa crítica na íntegra.
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