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Nesta véspera de feriado, ainda com todo mundo (os que podem, evidentemente) de quarentena por conta do novo coronavírus, a Filme Filme disponibiliza mais três filmes ideais para ver ou rever no confinamento. Na seção Festivais, o premiado longa-metragem italiano baseado num livro de Jack London (que passou há pouco pelo circuito comercial das salas de cinema no Brasil); na seção Documentários, o exemplar brasileiro que discute de forma empenhada as ferramentas que estão gerando a chamada precarização do trabalho; na seção Populares, o filme argentino (e como a gente gosta da produção dos nossos hermanos) sobre um grupo de amigas que dribla a impossibilidade do veraneio no Caribe com muita perspicácia e companheirismo. Vale lembrar que semanalmente chegam ao catálogo da empresa três novos títulos, cuja curadoria está sob a batuta dos idealizadores Bruno Beauchamp, Ilda Santiago e Mayra Auad. E, em breve, a plataforma também exibirá curtas-metragens (leia sobre isso na notícia relacionada). Enfim, confira abaixo os longas que estão disponíveis a partir de hoje na Filme Filme.

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Martin Eden, de Pietro Marcello
Baseado no livro homônimo de Jack London, o filme acompanha Martin Eden (Luca Marinelli), jovem marinheiro pobre, apaixonado pela burguesa Elena (Jessica Cressy), que decide perseguir seu sonho de virar escritor. Quando começa a conviver com a sociedade aristocrática e se sente deslocado, o rapaz percebe que não há como voltar ao que costumava ser. Enquanto tenta publicar alguma obra de grande sucesso, se envolve em círculos socialistas, o que o coloca em conflito com Elena e seu mundo abastado. Premiado como Melhor Ator no Festival de Veneza, recebeu 11 indicações ao David di Donatello, um dos principais prêmios cinematográficos da Itália. Leia a nossa crítica.

 

GIG: A Uberização do Trabalho, de Carlos Juliano Barros, Caue Angeli, Maurício Monteiro Filho
Cada vez mais tem sido pauta nas discussões socioeconômicas a chamada “GIG Economy”, forma alternativa de economia. A precarização do trabalho autônomo, um de seus pilares, é chamada de “Uberização” no Brasil. O documentário faz uma leitura incisiva desse mundo de serviços contratados por aplicativos, de extenuantes jornadas de trabalho realizadas por homens e mulheres seduzidos por promessas às vezes vazia, entremeando os depoimentos de especialistas e os dessas pessoas que assumem todos os riscos, não tendo amparo de empresas que alegam funcionar tão e somente como intermediárias de demandas.  Leia a nossa crítica.

 

Las Insoladas, de Gustavo Taretto
O filme mostra seis amigas argentinas que nutrem o sonho de passar juntas férias no Caribe, mais precisamente o período que cerca o Ano-Novo. Por conta da impossibilidade financeira, isso em meio a uma economia fragilizada como a da Argentina dos anos 1990, elas decidem pegar sol semanalmente num terraço da capital, circunstâncias nas quais conversam sobre suas vidas, expectativas, dificuldades afetivas e psicológicas. Neste dia que acompanhamos no longa, elas estão em busca do bronzeamento perfeito para ostentar numa apresentação de dança que terão à noite. O cineasta Gustavo Taretto é o mesmo que chamou a atenção do público com Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual (2011). Leia a nossa crítica.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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