A cada ano, a Hubert Bals Fund, associada ao Festival de Roterdã, na Holanda, desempenha um papel importante em financiar e promover o cinema independente do mundo inteiro. Os fundos são destinados a projetos em fase de desenvolvimento, analisados por um júri de especialistas. Depois, os filmes finalizados têm passagem garantida pelo festival holandês.
O cinema brasileiro costuma ser muito bem recebido pelo HBF, e este ano não foi diferente. A instituição acaba de divulgar os onze vencedores para os prêmios de produção, além de dois vencedores para prêmios de coprodução com a Holanda, entre 380 inscritos. Dois projetos do Brasil foram contemplados: If I Was Alive, de André Novais Oliveira, e Baby, de Marcelo Caetano.
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O Hubert Bals Fund não traz detalhes sobre os projetos aprovados, mas especifica que André Novais Oliveira (de Ela Volta na Quinta, 2015, e Temporada, 2018), foi contemplado com €9,000 dentro da sessão Voices, reservada a cineastas experientes, enquanto Marcelo Caetano (de Corpo Elétrico, 2017) recebe €50,000 no segmento de coproduções, por acumular fundos do HBF e do Netherlands Film Fund (NFF), equivalente à Ancine holandesa.
Os demais projetos selecionados contemplam diretores do Sudão, Egito, África do Sul, Filipinas e Afeganistão, por exemplo, demonstrando o interesse da instituição em descentralizar o olhar tipicamente eurocêntrico dos grandes festivais. Além dos fundos, o HBF anunciou o programa IFFR Unleashed, que promove uma plataforma destinada à exibição de filmes previamente contemplados. Entre eles se encontra o brasileiro A Febre (2019), de Maya Da-Rin, que deve estrear nos cinemas brasileiros no segundo semestre de 2020.