Em 2019, o diretor Paulo Caldas teve dois filmes exibidos na Mostra Internacional de São Paulo: Abismo Tropical e Flores do Cárcere. Após a estreia do primeiro projeto, sobre a eleição de Jair Bolsonaro, agora é a vez de o segundo documentário chegar ao público amplo. Dirigido em parceria com Bárbara Cunha, o filme sobre a vida de ex-detentas da Cadeia Feminina de Santos, em São Paulo, estreia no NOW em 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Flores do Cárcere parte de um trabalho social de Flávia Ribeiro de Castro nesta cadeia em 2005, dando origem ao livro de mesmo nome em 2011. Caldas e Cunha conseguiram acesso à instituição, desativada para reformas, e levaram seis mulheres de volta ao espaço onde conviveram durante anos. Elas explicam as circunstâncias e os sentimentos relacionados ao encarceramento.
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Entre os temas debatidos se encontram a superlotação das celas, a saudade dos filhos e demais familiares e a dificuldade de reinserção social e profissional. Caldas já tinha experiência filmando cadeias masculinas, no entanto, de acordo com o cineasta, “foi chocante perceber as diferenças de dois sistemas prisionais (feminino e masculino). Conhecer a realidade dessas mulheres foi transformador na minha própria evolução enquanto sujeito”.
Depois da menção honrosa recebida no FESTin Lisboa, e das exibições na Mostra de São Paulo, Festival do Rio, Festival de Cinema Brasileiro de Paris e Los Angeles Brazilian Film Festival, Flores do Cárcere tem lançamento em 8 de março, com distribuição da O2 Play, antes de expandir seu circuito a diversas plataformas de streaming em 18 de março.
