Tab Hunter, um dos ícones da Hollywood dos anos 50, morreu nesta segunda-feira, 09, aos 86 anos. Ele teve um coágulo numa das pernas, o que lhe causou uma parada cardíaca. Popular na década que antecedeu as mudanças na Meca do cinema estadunidense, ele assumiu sua homossexualidade na autobiografia lançada em 2005, Tab Hunter Confidential: The Making of a Movie Star. Sucesso de vendas, o livro virou um documentário da Netflix intitulado Tab Hunter Confidencial, no qual ele fala sobre a carreira e como foi ter se assumido gay apenas após os 70 anos.
Apelidado na época do estrelado de “o cara dos suspiros”, pelo fenótipo atlético, o nova-iorquino nasceu em 1931 como Arthur Andrew Kelm, tendo seu primeiro papel de destaque em Ilha do Deserto (1952), no qual passa a maior parte do tempo sem camisa. Outros trabalhos de destaque vieram em Qual Será Nosso Amanhã (1955) e Montanhas em Fogo (1956). Nessa época, namorou o também ator Anthony Perkins (o Norman Bates de Psicose, 1962), precisando constantemente driblar a curiosidade dos tabloides que aventavam o romance.
Aproveitando o sucesso nas telonas, Tab Hunter se lançou na carreira musical, chegando a figurar entre os mais executados da Billboard em 1957. Já nos anos 60, começou a decair, gradativamente perdendo seu posto de galã para atores mais jovens. A partir daí, esteve mais presente nos palcos da Broadway. No começo dos anos 80, John Waters promoveu uma breve reabilitação de sua fama. Em Polyester (1981), Tab interpreta Todd Tomorrow, o alvo amoroso da dona de casa vivida por Divine. Aposentado desde 1992, ele deixa viúvo o produtor Allan Glaser.
(Fonte: Redação PdC)