A atriz espanhola Karla Sofia Gascón fez história ao ser indicada ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Atriz por sua atuação no filme Emilia Pérez, tornando-se a primeira mulher trans a receber uma nomeação na categoria de atuação da Academia. No entanto, a discussão sobre pioneirismo ganhou nuances após veículos hollywoodianos e fãs lembrarem de outro popular artista que já esteve em posição semelhante.
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OSCAR: A COMPLEXIDADE DA INDICAÇÃO
Isso porque Elliot Page, ator trans, já havia sido indicado ao Oscar de Melhor Atriz em 2008 por sua atuação em Juno (2007), perdendo para Marion Cotillard, de Piaf: Um Hino Ao Amor (2007). Na época, Elliot ainda se identificava como Ellen. Portanto, apesar do pioneirismo de Karla Sofia Gascón como a primeira mulher trans indicada ao Oscar de Melhor Atriz, a trajetória de Elliot Page ressalta a complexidade das discussões sobre gênero e representação.
OSCAR: NOMEAÇÕES NEUTRAS?
O acontecimento retoma debates que vem se consolidando nos últimos anos sobre inclusão, diversidade e o papel da Academia em refletir as mudanças sociais em suas escolhas. Vale destacar que outras premiações já adotaram medidas para promover maior inclusão e equidade de gênero em suas categorias.
Um exemplo notável é dos renomados troféus Gotham Awards e o Independent Film Awards, que, no início dos anos 2020, eliminaram a divisão por gênero em suas categorias de atuação, substituindo-as por premiações de Melhor Performance Principal e Melhor Performance Coadjuvante, sem distinção de gênero. Em entrevista à Entertainment Weekly durante a divulgação de Close to You (2023), Page revelou que gostaria de ver categorias de atuação neutras em termos de gênero no Oscar. “Sim, parece uma boa ideia”, disse o ator quando perguntado sobre a proposta. “Espero que comecemos a ir além desse grau de pensamento binário”, completou.
Fato é que a nomeação de Karla Sofia Gascón é celebrada como um avanço importante para a visibilidade trans em Hollywood, mas também serve como um lembrete de que a luta por representação e igualdade ainda está em andamento. A cerimônia do Oscar 2025 promete ser um momento histórico, não apenas para Gascón, mas para toda a comunidade LGBTQIA+, que busca maior espaço e reconhecimento no cinema.
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