Foi noticiada nesta terça-feira a reabertura da investigação contra o ator francês Gérard Depardieu por “estupros” e “agressões sexuais”. Ele é acusado de agressão contra uma atriz de pouco mais de 20 anos de idade, cujo nome foi mantido em segredo. O ensaio de uma peça de teatro teria sido o pretexto para o ator abusar duas vezes da vítima em sua mansão particular em Paris, em 7 e 13 de agosto de 2018.
A vítima procurou a polícia após o ocorrido, no entanto, o inquérito foi arquivado após nove meses de análise. De acordo com o Ministério Público, “as intensas investigações efetuadas não permitiram caracterizar as infrações denunciadas em todos os seus elementos constitutivos”. Em seguida, a vítima conseguiu relançar o caso por meio de uma nova denúncia.
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De acordo com o jornal Le Monde, o inquérito foi reaberto em dezembro de 2020, no entanto, o caso só foi levado a público em fevereiro de 2021. Hervé Temime, advogado de defesa, criticou a divulgação pública desta informação. Segundo ele, “a justiça não deve ser estabelecida em praça pública”, e o ator “deve ser presumido inocente”. O representante legal sublinha que Depardieu “contesta totalmente os fatos que lhe são imputados”.
A imprensa francesa lembra que o movimento #MeToo provocou denúncias contra diversos produtores e diretores locais, a exemplo de Luc Besson e Christophe Ruggia, além de Dominique Boutonnat, diretor do CNC (equivalente francês da Ancine). Condenado em seu país, o cineasta polonês Roman Polanski se radicou na França, onde foi acusado em 2019 de um novo caso de abuso sexual.
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