Diante da crise humanitária e econômica provocada pela Covid-19, os governos mundiais têm encontrado respostas muito distintas para retomar o caminho do crescimento. A Coreia do Sul, por exemplo, passou a tratar a indústria audiovisual como uma de suas prioridades, investindo somas consideráveis para estimular novas produções, manter o emprego dos trabalhadores e impedir a falência de salas de cinema.
Já a Espanha acaba de anunciar um investimento considerável no setor: de acordo com o Primeiro Ministro, Pedro Sánchez, o governo vai injetar US$ 1,9 bilhões em longas-metragens, curtas-metragens, séries de televisão, comerciais e videogames. Com estas medidas, ele espera provocar um crescimento de 30% no faturamento do setor até o ano de 2025.
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O incentivo ocorre por meio de dedução fiscal e parcerias público-privadas, em modelo semelhante à Lei Rouanet e ao Fundo Setorial do Audiovisual no Brasil. Através destas medidas, a Espanha tem atraído investidores internacionais e produtores de todas as partes do mundo, interessados não apenas em realizar projetos de autoria espanhola, mas também em filmar nos cenários locais – motivo pelo qual a pasta do Turismo está igualmente envolvida.
A Espanha constituiu o cenário de Game of Thrones e Warrior Nun, além de conquistar grande sucesso internacional com as séries La Casa de Papel, Elite, Vis à Vis, Desejo Sombrio, Valeria, Toy Boy e As Telefonistas; e com os filmes O Poço, Oferenda à Tempestade, Viver Duas Vezes, Legado nos Ossos e Durante a Tormenta.
Enquanto isso, no Brasil, os editais para novos filmes estão completamente paralisados desde a posse de Jair Bolsonaro. Os recursos relacionados a editais firmados na presidência anterior se encontram represados na maior parte dos casos, e a Agência Nacional do Audiovisual tem sido paralisada judicialmente, além de contar com um quadro incompleto de funcionários.
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