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Hal Hartley recorre ao financiamento coletivo para produzir seu novo filme

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Mesmo que tenha “estourado” nos anos 1990 como uma das promessas do cinema independente norte-americano, o diretor Hal Hartley até hoje não tem vida fácil para produzir novos filmes. Sua próxima produção, chamada Where To Land, por exemplo, está inicialmente orçada em míseros (para os padrões cinematográficos) US$ 300 mil, a serem captados por uma campanha de financiamento coletivo que vai até o dia 04. Faltam ainda cerca de US$ 92 mil. Talvez a recente adição de Edie Falco, a Carmela de Família Soprano (1999-2007), ao elenco ajude a chamar a atenção do público e possibilite o cineasta atingir a meta. Também confirmados Bill Sage, Tatiana Abracos, Robert Burke, Jade Golden, Aida Johannes, Elida Löwensohn, DJ Mendel, Parker Posey e Jay Thomas.

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Não é de hoje que Hartley busca financiamento diretamente com os admiradores de seu cinema. Há algum tempo ele compreendeu uma queda na demanda pelo tipo de cinema que realiza. Por outro lado, ele entendeu que tinha admiradores o suficiente para se manter ativo. Vale lembrar que filmes como Confiança (1990), As Confissões de Henry Fool (1997) e Beatrice e o Monstro (2001), para citar alguns, lhe garantiram uma fatia considerável de fãs. “Durante toda a minha carreira, realmente nunca quis ir longe demais. Acabei escrevendo sobre pessoas que estavam ao meu redor, mesmo quando era completamente fictício. Por volta de 2010, comecei a dedicar grande parte da minha energia criativa para focar em criar pequenas ficções a partir do material que provém da experiência diária. Gosto disso: parece um pouco mais com o trabalho de um romancista, no qual você presta mais atenção aos detalhes da vida cotidiana comumente vivenciada”, disse Hartley em entrevista recente ao Deadline.

Parker Posey e Hal Hartley durante as filmagens de Fay Grim

Sobre o novo filme, Hartley fala de como, para ele, era importante abordar determinados personagens: “Queria abordar algo pessoal: como é ser um homem de certa idade, a idade que meu pai tinha quando se aposentou? Ele tinha 58 anos e viveu por mais 30. Pensei, ’uau, isso é como outra carreira. O que você faz?’ Agora, espera-se que vivamos muito mais do que nossos pais viviam e você se pergunta: ‘está tudo bem ter uma mudança de carreira nesse ponto da sua vida, no qual você diz que dedicou 30 anos  a alguma coisa, no meu caso cinema, mas tenho que continuar fazendo isso até cair morto? Ou posso fazer algo diferente? Isso é permitido?”.

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