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Hollywood sofre queda no importante mercado chinês em 2019

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O ano 2019 tem sido bastante lucrativo para Hollywood, com nada menos que oito produções superando a marca de US$1 bilhão arrecadado no mundo inteiro: Vingadores: Ultimato, O Rei Leão, Homem-Aranha: Longe de Casa, Capitã Marvel, Frozen 2, Toy Story 4, Coringa e Aladdin. O recém-lançado Star Wars: A Ascensão Skywalker deve se juntar ao grupo nos próximos dias.

Mesmo assim, um fator tem impedido o crescimento ainda mais expressivo da indústria norte-americana: os números em declínio na China. Com com cerca de US$1,4 bilhão de habitantes, o país asiático constitui o principal mercado fora dos Estados Unidos, e tem se tornado um fator determinante para a carreira de alguns filmes – vide os recentes Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos (2016) e Transformers: O Último Cavaleiro (2017), cujo fracasso em sua terra natal foi salvo pela popularidade na China.

No entanto, esta tendência está se invertendo. Há alguns anos, os principais sucessos no mercado chinês eram norte-americanos, abrindo espaço a apenas um ou dois títulos locais. Em 2018, o top 10 da China era composto por cinco produções de Hollywood, contra cinco filmes chineses. Em 2019, apenas dois filmes norte-americanos entram no top 10 do país: Vingadores: Ultimato e Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw. Star Wars: A Ascensão Skywalker, por exemplo, estreou na terceira posição, com míseros US$12 milhões.

 

Ne Zha (2019)

 

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Enquanto isso, filmes locais como Terra à Deriva e a animação Ne Zha constituíram sucessos gigantescos, arrecadando US$691 milhões e US$703 milhões, respectivamente, apenas em seu país. Devido a esta tendência, a lei visando multar o excesso de filmes norte-americanos não tem sido necessária nos dois últimos anos. “Estes são os piores resultados para Hollywood na China desde 2008”, afirmou o especialista Chris Fenton à Variety.

De fato, enquanto o mercado de cinema chinês cresceu impressionantes 55% em 2019, as produções norte-americanas sofreram retração de 34%. Estes resultados demonstram a renovação do mercado oriental: nenhum dos oito títulos chineses do top 10 constitui uma franquia, em comparação com a maioria esmagadora de adaptações, sequências e refilmagens em Hollywood.

Um dos maiores obstáculos para o crescimento internacional do cinema norte-americano, em 2020, será conquistar novamente o público chinês, que tem se mostrado mais aberto a produções japonesas ou indianas. Quanto aos chineses, o principal desafio se encontra na exportação: embora constituam sucessos locais expressivos, os filmes nacionais ainda têm dificuldade em chegar aos cinemas do resto do mundo.

 

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